Enquanto a presidente do Chile, Michelle Bachelet, apresentava o informe de gestão anual ao Congresso e um pacote de medidas preparado pelo governo para conter os impactos da crise no país, incidentes entre manifestantes e a polícia foram registrados nas proximidades da assembléia chilena e na cidade portuária de Valparaíso. Duas pessoas ficaram feridas e dez foram detidas, segundo a polícia.
O confronto começou quando um grupo de mutuários protestava exigindo do governo mediação com os bancos privados para facilitar o saldo de seus débitos, enquanto professores exigiam o pagamento imediato de um abono.
Pacote
O pacote econômico contra a crise anunciado por Bachelet tem medidas voltadas para a população de baixa renda nas áreas de educação, previdência social e habitação.
Ela informou que quatro milhões de famílias terão um aumento de 71 dólares (cerca de 143 reais) mensais em seu orçamento. Além disso, o sistema de pensão básica solidária – auxílio concedido a parcela mais pobre da população com mais de 65 anos, que nunca pode contribuir coma previdência – deverá subir já em setembro, entre 45 % a 50%, passando de 214 (aproximadamente 430 reais) para 267 dólares (542 reais).
O Ministério de Habitação ajudará famílias em dificuldade, com moradias com valor em até 75 mil (152 mil reais) dólares. Michelle ainda assegurou que os estudantes que passarem por necessidade não terão de sacrificar seus estudos. Será estabelecida uma garantia estatal. “Hoje no Chile não há nada mais transparente do que o meu governo”, enfatizou Michelle, durante o discurso.
Bem colocado
Segundo um relatório publicado pela revista The Economist Intelligence Unit, o país é um dos mais bem colocados no quesito melhores condições para negócios, apesar da crise. O Chile está no 15º lugar – o mais bem posicionado da América Latina – à frente de nações européias como França (17º) e Espanha (23º) e também de vizinhos sul-americanos Peru (46º), Colômbia (54º), Argentina (65º) e Equador (78º). OBrasil se encontra em 39º lugar.
Segundo o relatório, a metade dos países latino-americanos sofrerá uma piora de seus ambientes para os negócios, sobretudo aqueles que não tenham feito reformas estruturais nos últimos anos.
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