Domingo, 13 de julho de 2025
APOIE
Menu

O governador do Banco Central da Irlanda, Patrick Honohan, afirmou nesta quinta-feira (18/11) que o governo irlandês terá de aceitar um empréstimo de “bilhões” de euros após a visita a Dublin de representantes da Comissão Europeia, FMI (Fundo Monetário Internacional) e Banco Central Europeu BCE.

Uma comissão técnica formada por representantes desses três organismos inicia nesta quinta-feira as conversas para um eventual resgate do país, caso o Executivo irlandês decida solicitar o socorro de seus parceiros.

Honohan afirmou à emissora irlandesa RTE que as negociações não discutirão um resgate financeiro, mas reconheceu que, no final da visita da comissão, o governo terá de aceitar o resgate. “Acho que definitivamente vai acontecer (a ajuda). É por isso que uma ampla equipe de técnicos vão se sentar para discutir esses assuntos. As condições do mercado não nos permitiram avançar sem buscar o apoio de nossos parceiros internacionais”, indicou o governador.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

Leia mais:

Reino Unido oferece ajuda a setor bancário da Irlanda

G20 tem pré-reunião com debates 'acalorados' e sem consenso

G20 precisa encontrar solução de equilíbrio para a guerra cambial, defende Lula

G20 aprova plano de ação para impulsionar países em desenvolvimento

Irlanda recusa ajuda financeira e mercados caem frente à instabilidade na zona do euro

A CE, o FMI e o BCE identificaram duas áreas das finanças irlandesas sobre as quais concentrarão suas análises: a situação fiscal e a reestruturação de seu setor bancário nacional.

O governo quer prevenir que a comissão decida aumentar os limites fixados por ele no plano de cortes de gastos quadrienal, que será apresentado na próxima semana e do qual se espera que gere uma economia de 15 bilhões de euros e reduza o déficit para 3% do PIB (Produto Interno Bruto) até 2014.

A primeira fase desse plano começará a ser aplicada no dia 7 de dezembro com a apresentação do orçamento geral para 2011, nos quais se incluem cortes no valor de seis bilhões de euros, um número que o Executivo também quer manter intacto.

Em relação ao sistema bancário nacional, a equipe técnica terá acesso à contabilidade do governo e das entidades financeiras, o que, ao fim da missão, deveria lançar um número exato do custo de seu resgate, que o Executivo fixou em 50 bilhões de euros.

Honohan lembrou que tanto o governo irlandês quanto o BCE injetaram “enormes quantidades” de dinheiro nos bancos, mas não foi o suficiente para dar confiança aos mercados e investidores internacionais.

Em sua opinião, qualquer quantidade oferecida pelo FMI e o BCE ao Executivo poderia ser usada como um “fundo de contingência” com o qual mostrar ao mercado que não há problemas de liquidez, embora esses fundos não sejam utilizados.

Siga o Opera Mundi no Twitter

Conheça nossa página no Facebook

BC da Irlanda afirma que país terá de aceitar resgate financeiro

NULL

NULL

NULL