O governo alemão qualificou nesta quarta-feira (12/04) de “ato repulsivo” as três explosões ocorridas nesta terça (11/04) durante a passagem do ônibus que levava os jogadores do Borussia Dortmund, que deixou Marc Bartra ferido.
A chanceler alemã, Angela Merkel, recebeu “horrorizada” a notícia do atentado, declarou o porta-voz do Executivo, Steffen Seibert, em uma entrevista coletiva de imprensa. Seibert disse que o ministro do Interior, Thomas de Maizière, irá hoje “em sinal de solidariedade” à partida de ida das quartas de final da Liga de Campeões entre Borussia Dortmund e Monaco, que foi adiada depois do ocorrido e remarcada para hoje.
Seibert disse que o governo está “aliviado” por não ter acontecido “algo ainda pior”. Além disso, disse que a chanceler entrou em contato com a diretoria do Borussia Dortmund e desejou ao clube “o melhor”. O diretor administrativo do clube alemão, Hans-Joachim Watzke, havia informado minutos antes na página oficial da equipe sobre sua “extensa conversa” com Merkel.
Agência Efe
Ônibus do Borussia Dortmund foi atingido por três explosões nesta terça-feira
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A chanceler qualificou de “mensagem positiva” o fato de a equipe aceitar jogar “diante desta difícil situação”, aponta o comunicado.
Investigação
Autoridades alemãs investigam a motivação para as explosões. A imprensa do país fala em duas hipóteses: terrorismo islâmico ou extremistas de esquerda.
Segundo o jornal Süddeutsche e as emissoras de TV NDR e WDR, teria sido encontrada uma carta no local das explosões que começaria com as palavras “Em nome de Alá, o misericordioso, o piedoso”. De acordo com as informações dos jornais, a carta também diz que aviões alemães estão sendo usados nas “terras do califado”, em referência ao território ocupado pelo Estado Islâmico. A carta não estaria assinada.
Por outro lado, a agência DPA diz que outro texto, publicado na internet, também é investigado, usando termos da ultraesquerda. Esse texto afirmaria que o Borussia não se engajava suficientemente contra o racismo e o populismo de direita.
A promotora de Dortmund, Sandra Lücke, confirmou que foi encontrada uma carta, mas não deu detalhes do conteúdo, pois ainda se está verificando a autenticidade dela. A polícia diz que as explosões foram um ataque planejado e uma tentativa de assassinato.