O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, declarou nesta quarta-feira (17/11) que, caso o governo não receba a confiança do parlamento, serão convocadas eleições antecipadas no país.
“Se [o governo] obtiver a confiança [no Parlamento], continuaremos trabalhando. Se não a tivermos, iremos a uma votação”, afirmou Berlusconi hoje, em declarações à imprensa durante uma cerimônia na sede presidencial do Quirinal.
Leia mais:
Quatro membros do governo de Berlusconi pedem demissão
Ou vocês acham que o governo Berlusconi durará para sempre?
Italianos protestam contra abertura de aterro sanitário em Nápoles
Manifestação contra política econômica de Berlusconi reúne milhares em Roma
Dívida pública da Itália cai para 6,1% do PIB
Na última sexta-feira, os oposicionistas Partido Democrata (PD) e Itália dos Valores (IDV) apresentaram, na Câmara dos Deputados uma moção de desconfiança contra o atual governo, que será votada em 14 de dezembro, conforme combinado na reunião realizada ontem entre o presidente da casa, Gianfranco Fini, o presidente do Senado, Renato Schifani, e o chefe de Estado italiano, Giorgio Napolitano.
Na opinião do premier, “abrir a crise foi um ato irresponsável”, disse, em referência à renúncia apresentada na segunda-feira por quatro ministros de seu governo leais ao presidente da Câmara dos Deputados, seu ex-aliado Gianfranco Fini.
Berlusconi destacou que “necessitamos de um Executivo sólido e não podemos contar com quem não nos garante o máximo de lealdade ao programa votado pelos eleitores”. Caso seja necessária a convocação de eleições antecipadas, elas ocorreriam em 27 de março de 2011.
Uma pesquisa sobre a confiança dos líderes e dos partidos italianos divulgada recentemente mostrou que o primeiro-ministro e seu governo tiveram um novo recorde negativo de confiança entre os cidadãos italianos (37%, com queda de 2%), em um descenso registrado desde fevereiro. Seu partido, o governista Povo da Liberdade (PDL), obteve 28% de confiança.
Por sua vez, a Liga Norte, de Umberto Bossi, que compõe a aliança governista, obteve 35% de confiança, enquanto a União Democrática de Centro (UDC), do ex-presidente da Câmara Pier Ferdinando Casini, recebeu 34%, e o Liberdade e Ecologia, do governador esquerdista da Apúlia, Nichi Vendola, 30%.
Com relação às intenções de voto, o PDL encabeça as preferências, com 28,5% das intenções, seguido pelo PD, de esquerda, com 26%. Em terceiro está a Liga Norte, com 12,5% das preferências.
Por sua vez, o movimento do ex-aliado de Berlusconi Gianfranco Fini, o Futuro e Liberdade para a Itália (FLI), tem a confiança de 24% dos italianos e recebeu a intenção de voto de 5,5% do total. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Ipr Marketing com mil italianos em 4 de novembro.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL