A Casa Branca informou ao Congresso dos Estados Unidos, nesta terça-feira (14/01), que o presidente do país, Joe Biden, decidiu remover Cuba da lista montada pelo próprio governo norte-americano, na qual relaciona os países que ele considera que patrocinam o terrorismo.
A medida é uma das últimas adotadas pelo governo de Biden, que concluirá o seu mandato na próxima segunda-feira (20/01).
A retirada Cuba da lista vem sendo defendida há meses pelos governos do Brasil, do Chile e da Colômbia. O papa Francisco, principal líder da Igreja Católica, também já fez diversos pedidos nesse sentido.
Leia também
‘Los Angeles precisará de mexicanos para se reconstruir’, diz presidenta do México
Para resistir a piada de Maduro, governadora de Porto Rico pede ajuda de Trump
O tema foi abordado pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva em sua última intervenção na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro passado. Na ocasião, o mandatário disse que “é injustificado manter Cuba em uma lista unilateral de Estados que supostamente promovem o terrorismo e impor medidas coercitivas unilaterais, que penalizam indevidamente as populações mais vulneráveis”.

Brasil é um dos países que defende há meses a saída de Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo
A saída de Cuba da lista norte-americana de países que patrocinam o terrorismo poderia ser lida como uma possibilidade de se derrubarem as diversas sanções econômicas impostas por Washington contra o país socialista.
Porém, com o iminente retorno de Donald Trump ao poder, a perspectiva é de essa medida adotada por Biden seja revertida pelo próximo governo, já que o endurecimento das políticas contra Cuba e Venezuela foram parte importante do discurso que levou o líder da extrema direita estadunidense a vencer as eleições de novembro passado.
Vale lembrar que Trump anunciou que o chefe da diplomacia no próximo governo será Marco Rubio, filho de dissidentes cubanos que vivem na Flórida.