Sábado, 17 de maio de 2025
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O relator da ONU (Organização das Nações Unidas) para os direitos humanos dos palestinos nos territórios ocupados Richard Falk afirmou nesta segunda-feira (25/10) que a população que vive na Faixa de Gaza continua sendo vitima de castigos coletivos dados por Israel, apesar das recentes flexibilizações do bloqueio.

Segundo Falk, o confinamento de um milhão e meio de pessoas, sem permissão para sair, exceto em algumas ocasiões, significar privá-las de direitos básicos. Israel “não permite que jovens visitem suas famílias na Cisjordânia ou em Jerusalém Oriental, ou que estudem em universidades fora dos territórios ocupados”, disse.

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Desde junho de 2007, os governos de Egito e Israel promovem um bloqueio à Faixa de Gaza, impedindo a entrada de produtos e o trânsito de pessoas. O argumento usado e o de que o movimento islamita Hamas, vencedor das eleições de 2006 e que assumiu o poder no território palestino em 2007, representa uma ameaça ao Estado de Israel e que o bloqueio é necessário para impedir o acesso a armas.

O especialista acredita que impedir viagens de ida e volta a Gaza é um obstáculo cruel que priva os palestinos de ter um desenvolvimento saudável e uma vida normal. “Não existem razões de segurança que justifiquem”, afirmou.

Falk disse também que o objetivo de deslegitimar o Hamas não tem fundamento jurídico para negar alimentos, medicamentos, combustíveis e materiais de construção aos habitantes do território palestino.

Em junho, após a crescente pressão da comunidade internacional, Israel decidiu flexibilizar o bloqueio e anunciou uma lista de itens com entrada permitida na região. Entre as mercadorias liberadas estão materiais de construção, item de primeira necessidade. No entanto, eles só poderão ser usados em projetos civis e sob inspeção internacional. Estima-se que 90% do abastecimento da população civil palestina com bens de primeira necessidade seja feito através dos chamados túneis de contrabando, localizados entre a Faixa de Gaza e o Egito.

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Bloqueio a Gaza é castigo coletivo injustificável, diz relator da ONU

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