Na Ásia, as bolsas tiveram resultados mistos hoje (10). Alguns mercados que sofreram com a realização de lucros, enquanto outros foram beneficiados por fatores locais e pela ligeira recuperação de Wall Street.
A Bolsa de Tóquio fechou em queda, depois que uma valorização do iene contra o dólar e o euro juntou-se ao mau desempenho de algumas bolsas asiáticas para puxar para baixo a cotação das ações, especialmente à tarde O índice Nikkei 225 perdeu 141,90 pontos, ou 1,4%, para 9 862,82 pontos, depois de oscilar entre a alta e a baixa durante a manhã e sucumbir à pressão vendedora no período da tarde. Pela primeira vez em uma semana, o índice fechou abaixo da marca psicológica dos 10 mil pontos.
“A valorização do iene permanece como a maior preocupação do mercado”, disse o analista Kenichi Hirano, da Tachibana Securities. O dólar atingiu a mínima de 87,73 ienes à tarde, enquanto o euro descia para 129,05 ienes. Os movimentos do câmbio forneceram um catalisador para a venda de ações de exportadoras. Toyota Motor recuou 1,6%, Honda Motor perdeu 1,5% e Sony encerrou em queda de 0,8%.
A Bolsa de Hong Kong apresentou queda pelo quinto pregão seguido, novamente influenciada pelo declínio dos bancos chineses, devido aos persistentes temores de um aumento de capital, e às imobiliárias chinesas, que sofreram com a decisão do governo de rever medidas de estímulo.
O Hang Seng caiu 41,72 pontos, ou 0,2%, e terminou aos 21.700,04 pontos. Bank of China e China Construction Bank baixaram 0,7%. No setor imobiliário, China Overseas recuou 0,1% e China Resources Land desabou 2%. Já a estreante China Longyuan Power, empresa de energia eólica, avançou 9,4%.
Por sua vez, as Bolsas da China fecharam em ligeira alta, lideradas pelos fabricantes de produtos eletrônicos. As medidas do governo para sustentar a recuperação econômica encontraram uma resposta fria dos investidores. O Xangai Composto subiu 0,5% e encerrou aos 3.254,26 pontos. O Shenzhen Composto ganhou 0,7% e terminou aos 1.220,02 pontos. Hisense Electric avançou 5,7% e Gree Electric Appliances aumentou 2,5%. Entre as montadoras, FAW Car recuou 0,5% e SAIC perdeu 0,4%. As imobiliárias China Vanke e Gemdale caíram 1%.
A demanda dos exportadores por yuan fez a unidade chinesa se valorizar sobre a moeda norte-americana. No mercado de balcão, a cotação de compra e venda do dólar fechou a 6,8266 yuans, abaixo do fechamento de quarta-feira, que foi de 6,8276 yuans.
Na Coreia do Sul, compras programadas ajudaram a reverter as perdas iniciais da Bolsa de Seul, decorrentes das preocupações com o impacto do fim das medidas expansionistas do governo. O índice Kospi fechou em alta de 1,1%, aos 1.652,73 pontos. Numa medida já esperada, o Banco da Coreia (BOK, banco central), manteve a taxa básica de juros em 2%, pelo 10º mês seguido. Samsung Electronics subiu 1,3%, Hyundai Heavy Industries ganhou 1,2% e as ações da siderúrgica Posco se valorizaram 2,9%.
Europa
As principais bolsas europeias operavam em alta na abertura do pregão, depois de três dias seguidos de perdas, com os investidores aguardando a decisão do Banco da Inglaterra sobre os juros mais adiante.
Às 8h15 (de Brasília), o índice FTSEurofirst 300 exibia alta de 0,67%, a 1.001 pontos depois de fechar no nível mais baixo em uma semana na quarta-feira. O índice acumula alta de 20% este ano e de 54% ante baixa recorde no início de março.
“O mercado continuará volátil até o fim do ano”, disse Luc Van Hecka, economista chefe na KBC Securities. “A maior parte dos investidores de longo prazo já fecharam suas carteiras para o resto do ano. O mercado está realmente nas mãos dos operadores”, disse ele.
Os bancos figuravam entre os melhores desempenhos, com o Standard Chartered, HSBC, Barclays, Lloyds, Royal Bank of Scotland e BNP Paribas subindo entre 0,3% e 3%.
As atenções dos investidores se voltarão para a decisão do banco central inglês, prevista para às 10h (horário de Brasília). A expectativa é de que o Banco da Inglaterra mantenha inalterado seu programa de compra de ativos de 200 bilhões de libras (326,7 bilhões de dólares) e a taxa básica de juros em 0,5%, com a maioria dos analistas avaliando que ele não irá mudar sua política até fevereiro.
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