Bolsas da Ásia fecham em queda; preocupações com Grécia persistem
Bolsas da Ásia fecham em queda; preocupações com Grécia persistem
As principais bolsas asiáticas fecharam em baixa hoje (8), pressionadas por perdas no setor industrial e de energia. Preocupações sobre a economia da zona do euro fizeram investidores se afastarem de ativos de maior risco, minimizando o otimismo gerado pela queda na taxa de desemprego dos Estados Unidos na semana passada.
A bolsa de Tóquio recuou 1,05%, para 9.951 pontos, para a mínima em dois meses com empresas do setor de exportação como a Sony prejudicadas por um iene mais forte, que vem subindo à medida em que investidores procuram por portos mais seguros para se protegerem das turbulências do mercado.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em baixa de 0,58%, aos 19.550 pontos. Em Xangai, as perdas foram de 0,14%, para 2.935 pontos. Na Coreia do Sul, o mercado de Seul cedeu 0,91%, em 1.525 pontos.
Na contramão, a bolsa de Sydney viu seu principal índice ganhar 0,16%, em 4.521 pontos; Taiwan apurou alta ligeira de 0,04% e Cingapura se valorizou em 0,37%.
O índice MSCI que reúne bolsas de valores da região Ásia-Pacífico exceto Japão tinha leve queda de 0,08%, aos 376 pontos às 8h02 (horário de Brasília). O índice acumula queda de 10% em relação à máxima em 15 meses atingida no final de novembro.
Os mercados estão preocupados com a chance de que problemas na Grécia, Portugal e em outros países mais debilitados da zona do euro possam reduzir o ritmo da recuperação econômica global.
Na Ásia, as perdas no setor industrial e de energia prejudicaram as ações por temores de que os desafios relativos à recuperação global possam reduzir a demanda por petróleo, outras commodities, além de pressionar resultados de empresas.
“(Esse movimento) está se somando às preocupações dos investidores em correr mais riscos em seus portfólios”, disse à Reuters Mark Konyn, chefe na RCM, uma unidade da Allianz Global Investors. “A falta de clareza está gerando mais volatilidade”, disse ele.
Os problemas crescentes na zona do euro também minavam o apetite por moedas como o dólar neo-zelandês e o dólar australiano, que dependem do crescimento econômico global.
Europa
Depois de recuar forte na última semana, as principais bolsas europeias voltam a operar em alta, em resposta à valorização das empresas do setor de energia e às palavras do presidente do BCE (Banco Central Europeu) em relação ao futuro do déficit grego.
Em discurso, o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, afirmou que os membros do banco central estão confiantes na capacidade da Grécia em reduzir seu déficit fiscal abaixo de 3% do PIB (Produto Interno Bruto) nos próximos anos, trazendo certo ânimo ao mercado.
Porém, grande parte da recuperação vista nesta manhã deve-se a forte queda das bolsas europeias durante a última semana, a maior desvalorização verificada no continente em 11 meses.
Em Londres, as ações da Xstrata sobem mais de 4,50%, após a mineradora apresentar Ebitda (geração operacional de caixa) maior do que o esperado no acumulado do ano fiscal de 2009. Fresnillo (+4,41%), Rio Tinto (+3,00%), Anglo American (+2,80%) e BHP Billiton (+2,40%) seguem o movimento.
O índice CAC 40 da bolsa de Paris se destaca, subindo 1,41% e atingindo 3.614 pontos. Já o DAX 30 da bolsa de Frankfurt negocia em alta de 1,08% chegando a 5.493 pontos, enquanto o FTSE 100 da bolsa de Londres valoriza-se 1,03% a 5.113 pontos.
Já o Euro Stoxx 50, índice calculado pela agência Dow Jones e que mede o desempenho das 50 principais ações da Europa Continental opera em alta de 1,38%, atingindo a 2.668 pontos.
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