Brasil aumenta cota de empréstimo ao FMI e passa a ter poder de veto
Brasil aumenta cota de empréstimo ao FMI e passa a ter poder de veto
O Brasil vai ampliar de US$ 10 bilhões para US$ 14 bilhões o aporte de recursos para a linha especial do Fundo Monetário Internacional (FMI), anunciou hoje (25) o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Segundo ele, a medida foi necessária para que os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) ampliassem a participação na linha especial de crédito para 15%, o que permitiria poder de veto nas decisões, que precisam da aprovação de pelo menos 85% dos membros, segundo a Agência Brasil.
O jornalista Guilherme Barros, em seu blog, informa que o Brasil conquistou poder de veto e, assim, os Brics passam a ter o mesmo peso de Estados Unidos, Japão e os países da União Europeia nas reuniões do FMI.
Composta por aportes de 28 países, a nova linha de crédito contará com US$ 600 bilhões, cerca de 2,5 vezes que o valor total de US$ 250 bilhões de que o FMI dispõe para emprestar. Chamada de NAB (sigla em inglês para novo arranjo de empréstimo), a linha tem como objetivo socorrer o FMI para fazer empréstimos aos países afetados pela crise econômica.
Mantega anunciou ainda que os US$ 14 bilhões não vão sair do Brasil. Apenas quando os recursos forem demandados e os empréstimos aprovados, o dinheiro sairá gradualmente do país. “Os recursos ficam no país e são aportados à medida que existe demanda. O empréstimo é rateado conforme as cotas que os países aportaram”, explicou.
O ministro afirmou ainda que as regras de administração da nova linha especial de crédito foram definidas hoje (25). Ele ressaltou que o NAB aumenta a presença dos países emergentes no cenário financeiro internacional. “Na prática, criamos um FMI do B, em que os Brics terão presença maior para definir as liberações de recursos”, ressaltou.
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