Após o governo de Daniel Ortega expulsar o embaixador brasileiro Breno de Souza da Costa da Nicarágua, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva decidiu, por reciprocidade diplomática, pela expulsão da embaixadora nicaraguense em Brasília, Fulvia Patricia Castro Matu, nesta quinta-feira (08/08).
A ausência de representantes brasileiros nas celebrações oficiais do aniversário de 45 anos da Revolução Sandinista, em 19 de julho, incomodou Ortega, que retaliou o país sul-americano com a expulsão do diplomata.
Há três semanas, o governo brasileiro já havia recebido uma queixa formal das autoridades nicaraguenses, bem como uma advertência sobre a possível expulsão do diplomata.
Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil explicou que o embaixador não participou das comemorações em razão do congelamento das relações diplomáticas entre Brasil e Nicarágua, provocado pela perseguição de padres e bispos católicos no país centro-americano.
Oficialmente, a crise está sendo atribuída a um desentendimento especificamente relacionado à prisão do bispo católico Rolando José Álvarez pelo governo nicaraguense.
O assunto chegou a ser discutido por Lula em um encontro com o papa Francisco, no Vaticano, em junho do ano passado. Na ocasião, o mandatário prometeu que iria interceder junto a Ortega em prol dos religiosos presos.
(*) Com Ansa e Brasil247