A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou, na última edição da revista mexicana Proceso, publicada no dia 10 de setembro, que a repressão do governo Michel Temer contra manifestações populares deverá aumentar e que o Brasil está sendo dirigido por um governo “ilegítimo, golpista e usurpador”.
Em entrevista concedida em 6 de setembro, no dia em que deixou definitivamente o Palácio do Planalto, em Brasília, rumo a Porto Alegre, Dilma declarou que seu impeachment é um caso de “ruptura democrática” e um “golpe de Estado parlamentar”.
Roberto Stuckert Filho/PR
Ex-presidente Dilma Roussef afirma que seu impeachment é “golpe de Estado parlamentar”
A ex-presidente afirmou observar duas tendências: de um lado uma “revolta popular” e, de outro, repressão por parte do governo Temer.
“A repressão vai aumentar porque os que tomaram o poder ilegalmente não suportam que sua verdadeira natureza de golpistas seja revelada diante dos olhos do Brasil e do mundo”, disse.
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A revista cita as manifestações contra Temer desde sua posse como novo mandatário em 31 de agosto e a repressão da polícia aos protestos “Fora Temer”, especialmente na cidade de São Paulo.
Segundo Dilma, “quando era presidente, houve centenas de manifestações contra mim, mas jamais reprimi essas marchas porque não me incomodavam. São parte da política e da democracia”.
Entretanto, a ex-chefe de Estado diz que a situação é diferente para “os golpistas”, que “se sentem atacados por serem tratados como golpistas e reprimem”.