Uma série de medidas está sendo tomada para viabilizar a integração ferroviária entre o Brasil e os países vizinhos, segundo informou nesta segunda-feira (15/11) Maria Luisa Leal, diretora da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), vinculada ao MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Ela fez palestra no encontro promovido pela Embaixada do Brasil na Argentina, que reuniu empresários dos dois países.
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A diretora disse que o setor ferroviário brasileiro é um dos mais caros à presidenta eleita Dilma Rousseff. No último fim de semana, Maria Luisa Leal participou de reunião entre o Brasil e o Uruguai e tomou conhecimento de medidas que estão sendo tomadas para a integração ferroviária. A Argentina, disse a diretora da ABDI, tem ações concretas para revitalizar e fortalecer o setor ferroviário, capacidade produtiva, conhecimento setorial e um marco regulatório que favorece a área.
“Ainda estamos [no Brasil] muito lentos na indústria ferroviária, mas existem planos de desenvolvimento e avanços de longo prazo para o setor. Nossos orçamentos plurianuais já destacam o assunto. Não é possível a um país com as dimensões do Brasil deixar de lado o transporte, sobretudo o ferroviário e o aéreo. A possibilidade de integração do país ficou muito reduzida, mas existem possibilidades de avançarmos tanto na infraestrutura ferroviária quanto em termos de máquinário”, afirmou a diretora.
No encontro com empresários brasileiros e argentinos em Buenos Aires, Maria Luisa Leal também explicou que a metologia utilizada pelo Brasil para efetivar a integração produtiva com a Argentina, em todos os setores, obedece a dez passos. Entre eles estão reuniões preliminares com as empresas dos dois países interessadas em fazer negócios. Outro passo é uma rodada inicial com a participação do empresariado e de representantes dos dois governos. Na sequência, uma rodada efetiva de negócios e outra com bancos oficiais.
No caso do Brasil, essas instituições são o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. A diretora da ABDI lembrou a integração produtiva entre o Brasil e a Argentina afirmando que, no setor de autopeças, já ocorreu uma reunião em agosto no Brasil, e outra está marcada para fevereiro, para um novo passo em relação a projetos do setor.
Para o setor de máquinas agrícolas dos dois países está marcada uma reunião, no mês que vem, em Porto Alegre (RS). Na área de lácteos e derivados, será realizado encontro em dezembro, também em Porto Alegre.
O setor de petróleo e gás interrompeu as negociações no mês passado, enquanto se discutia a capitalização da Petrobras. Os trabalhos recomeçam agora, identificando os parceiros interessados em realizar negócios na área. No setor aeronáutico, há um compromisso da Associação Brasileira da Indústria Aeronáutica de iniciar contatos com o seu congênere argentino para identificar oportunidades concretas de integração.
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