O presidente do México, Felipe Calderón, se queixou nesta segunda-feira (05/09) dos juízes que permitem a libertação de criminosos que, logo depois, cometem delitos piores, como no incêndio do Cassino Royale, de Monterrey, que causou a morte de 52 pessoas. Calderón disse que está cansado de decisões de juízes que geram impunidade.
“Depois que as autoridades apanham os delinquentes, há juízes que os libertam, porque encontraram um detalhe no processo que não se ajusta à 'verdade legal'”, disse o presidente, que passou por uma sabatina com 20 perguntas das 14.289 que foram enviadas pela população.
Leia mais:
México envia 400 militares para região onde houve ataque a cassino
Ataque a cassino no México deixa dezenas de mortos
Violência no México fez mais de dez mil mortos apenas em 2010, segundo jornal
Repórteres mexicanos vivem como correspondentes de guerra, diz fotojornalista premiado
Calderón também foi questionado sobre o alto custo das campanhas eleitorais, o financiamento a “inúteis partidos políticos”, da liderança de Elba Esther Gordillo no poderoso sindicato de professores, dos altos salários de funcionários e legisladores, entre outros temas.
Sobre o orçamento eleitoral para 2012, ano em que haverá eleições presidenciais, disse que é preferível que o financiamento seja público do que venha de empresários, de sindicatos e do crime organizado. Explicou que o financiamento com recursos públicos permite um maior controle, enquanto o dinheiro proveniente de fontes privadas faria com que os legisladores respondessem a interesses de empresas ou, inclusive, do crime organizado.
O presidente disse ainda que para o próximo ano o orçamento para o Instituto Federal Eleitoral (IFE) ascenderá 16 bilhões de pesos (US$ 1,3 bilhão) frente os 900 bilhões de pesos (US$ 75,5 bilhões) exercidos este ano em educação, que é 6,4% do PIB (Produto Interno Bruto).
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL