Terça-feira, 13 de maio de 2025
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Em uma declaração recente, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, admitiu que 252 cidadãos venezuelanos, deportados dos Estados Unidos, estão presos no país centro-americano. Em resposta a essa declaração, o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, denunciou essas condições de desaparecimento forçado em campo de concentração como uma grave violação dos direitos humanos”.

Por meio de uma declaração emitida pelo Ministério Público, Saab descreveu como “cínica” a proposta de Bukele, denunciando essa “detenção arbitrária de cidadãos venezuelanos”  como um crime contra a humanidade”.

Desta forma, o representante de Caracas exigiu “respostas claras sobre quatro questões fundamentais”: os crimes específicos dos quais os venezuelanos mantidos em El Salvador são acusados; se foram levados perante um juiz; se tiveram acesso a um advogado que lhes garantisse o direito de defesa; e se lhes foi permitido comunicar-se com alguém desde o momento de sua prisão.

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Ele também solicitou ao procurador-geral de El Salvador e à Suprema Corte do país a lista completa dos detidos, sua situação judicial, prova de vida e um relatório médico detalhado.

Procurador-geral de Caracas exigiu que organizações internacionais sancionam El Salvador por detenção arbitrária dos 252 venezuelanos
Katerin Crespo / Wikicommons

Saab ainda denuncia que a ação de Bukele “reflete práticas neofascistas” e acusou o mandatário de extrema direita de agir de forma unilateral e tirânica ao decidir sobre a vida e a liberdade dos cidadãos venezuelanos”.

Comparando o tratamento dado aos venezuelanos com as práticas nazistas do século XX, o procuador-geral também acusou o Centro de Confinamiento del Terrorismo (CECOT), onde estão detidos os cidadãos, de ser um local de desaparecimento forçado, usado para obter ganhos financeiros.

Assim, pediu às organizações internacionais que exijam a libertação imediata dos detidos e que sancionem essas ações, que ele descreveu como “um ataque à coexistência internacional, à justiça e à paz”.

(*) Com AVN e  Prensa Latina