Ao contrário do que seria comum imaginar, a cidade mais cara para se viver na América do Sul não é São Paulo ou Buenos Aires, mas Caracas, na Venezuela. O dado foi divulgado recentemente em relatório da Mercer, empresa de consultoria internacional que calcula anualmente o custo de vida em mais de 140 cidades do mundo.
A capital venezuelana avançou 74 posições em relação à sua colocação no ano passado e ocupa agora o 15° lugar da lista mundial.
A pesquisa tem como base de comparação a cidade norte-americana de Nova York, que equivale a 100 pontos. Os outros municípios são pontuados a partir dela. Tóquio, eleita como a mais cara do mundo para se morar, fez 143.7 pontos, enquanto a mais barata, a sul-africana Joanesburgo, atingiu apenas 49.6 – tomando o lugar que era de Assunção, no Paraguai.
Para fazer o cálculo do custo de vida, são coletados anualmente preços de cerca de 200 itens relativos às necessidades de imigrantes em cada cidade, como transporte, comida, vestuário e até mesmo entretenimento.
O relatório tem a finalidade de auxiliar empresas multinacionais e governamentais a calcular subsídios para os seus empregados em outros países.
Cidades brasileiras
Ao contrário de Caracas, São Paulo e Rio de Janeiro tiveram uma queda significativa no ranking. A capital paulista, 25° lugar no ano passado, agora é a 72ª cidade mais cara do mundo. Já o Rio saiu da 31ª posição e ficou logo atrás de São Paulo. A mudança se deve principalmente à variação das taxas de câmbio durante a crise econômica mundial e à desvalorização do dólar, moeda na qual a pesquisa é calculada.
Variações pelo mundo
A variação de posições com relação à última análise foi a principal característica do relatório da Mercer em 2009. Entre as cidades que se tornaram mais baratas estão a indiana Mumbai e a polonesa Varsóvia, além de Londres (Inglaterra) e Oslo (Noruega).
O Japão obteve as duas primeiras posições no ranking, com Tóquio – que ocupou o lugar de Moscou (Rússia) no topo da lista –, e Osaka, em segundo lugar.
Nathalie Constantin-Métral, pesquisadora sênior da Mercer, explicou que a mudança foi resultado direto da crise financeira, que causou variações no câmbio de todo o mundo. “Muitas moedas, inclusive o euro e a libra esterlina, se enfraqueceram consideravelmente em relação ao dólar, causando a queda de custo em um grande número de cidades europeias”, acrescenta.
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