A Casa Branca confirmou nesta sexta-feira (31/01) que vai impor tarifas sobre os produtos dos três maiores parceiros comerciais: Canadá, México e China. A partir de sábado (01/02), os produtos importados dos dois países vizinhos serão taxados em 25%, enquanto os itens do gigante asiático em 10%, declarou a secretária de imprensa do governo norte-americano, Karoline Leavitt.
“Estas são promessas feitas e promessas cumpridas pelo presidente”, disse a porta-voz à imprensa.
A gestão Trump justificou as medidas punitivas em relação aos canadenses e mexicanos por “permitirem uma invasão ilegal de migrantes” nos Estados Unidos, enquanto Pequim sofreu pelo suposto fornecimento de “fentanil ilegal” no país.
Apesar de oficializar a medida, Leavitt não forneceu detalhes sobre como essas tarifas serão aplicadas. Além disso, não informou se haverá isenções às medidas que poderiam resultar no rápido aumento de preços para os consumidores dos EUA. As regras, de acordo com a secretária, serão reveladas “em algum momento” no sábado.
Já em relação à União Europeia, a Casa Branca confirmou que Trump ainda não tomou uma decisão sobre as possíveis tarifas ao bloco.

Presidente dos EUA, Donald Trump, taxará produtos dos três principais parceiros comerciais: México, China e Canadá
Momentos antes do anúncio de confirmação, o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau garantiu que a resposta de Ottawa será “imediata e enérgica”. Vale lembrar que Canadá responde por 60% das importações de petróleo bruto de Washington. Junto com o México, somam 71% das importações do recurso aos EUA.
Além disso, diversos estados norte-americanos dependem da energia canadense, e impor tarifas sobre as exportações aumentariam os preços, que Trump prometeu repetidamente que cairiam durante seu governo.
O México também reagiu nesta sexta-feira. A presidente Claudia Sheinbaum declarou que seu país tem planos para quaisquer medidas punitivas que Trump tomar, e que aguardará “com a cabeça fria” sobre a decisão de taxar produtos importados.
“Temos o plano A, o plano B, o plano C para aquilo que o governo dos Estados Unidos decidir. É muito importante que o povo do México saiba que sempre defenderemos a dignidade de nosso povo, o respeito por nossa soberania e um diálogo como iguais, sem subordinação”, disse a mandatária. “Vamos esperar, como sempre disse, com a cabeça fria, ao tomar decisões. Estamos preparados e mantemos esse diálogo.”
(*) Com Ansa