Terça-feira, 10 de junho de 2025
APOIE
Menu

Em uma reviravolta eleitoral, o prefeito de Bucareste e candidato independente, Nicusor Dan, venceu o segundo turno das eleições presidenciais na Romênia neste domingo (18/05).

Com um discurso pró-União Europeia, ele obteve 53,6% dos votos contra os 46,4% do ultranacionalista George Simion, da Aliança para a União dos Romenos (AUR).

“Foi uma mobilização sem precedentes e, portanto, a vitória é de cada um de vocês. De cada romeno que foi votar, fez sua voz ser ouvida e lutou pelo que acredita, pelo país que quer e no qual deseja viver”, postou Dan na plataforma X.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

“A partir de amanhã, começaremos a reconstrução da Romênia, uma Romênia unida e HONESTA, baseada no respeito à lei e a todas as pessoas”, prometeu.

A vitória deste domingo reverteu o resultado eleitoral do primeiro turno, realizado em 4 de maio, quando Simion, de apenas 38 anos, liderou a votação com quase 41% dos votos, mais do que o dobro dos recebidos por Dan na ocasião.

Reviravolta

A participação dos eleitores aumentou neste segundo turno, atingindo 65% de mobilizações. Um salto significativo em relação aos 53% da participação eleitoral no primeiro turno.

Simion se recusou inicialmente a reconhecer o resultado eleitoral. Mais tarde, no entanto, ele postou na plataforma X: “continuaremos nossa luta pela liberdade e pelos nossos grandes valores, juntamente com outros patriotas, soberanistas e conservadores em todo o mundo. Podemos ter perdido uma batalha, mas certamente não perderemos a guerra. Deus abençoe a todos”.

Nicusor Dan obteve 53,9% dos votos contra 46% do ultranacionalista George Simion
@NicusorDanRO

Ao longo da campanha, Simion foi um forte crítico ao apoio militar da Romênia à Ucrânia e um opositor da agenda da União Europeia (UE). Ele também se apresentou como aguerrido admirador de Donald Trump, prometendo ser o “Presidente MAGA” da Romênia. A estratégia não funcionou.

Nicusor Dan, por sua vez, fez uma campanha ancorada na promessa do combate à corrupção e em defesa da agenda da União Europeia. Ele é apoiador da Ucrânia e da permanência da Romênia no bloco ocidental.

Denúncias de interferência externa marcaram novamente as eleições romenas. Foi a segunda vez que os romenos foram às urnas para escolher o presidente do país. O pleito anterior foi cancelado dois dias antes do segundo turno, em 6 de dezembro.

Autoridades acusaram ilegalidades e a presença de campanhas de desinformação nas redes sociais, atribuindo a participação russa no processo eleitoral. A Rússia nega interferências.

Na época, o ultradireitista Calin Georgescu, padrinho político de Simion, havia vencido no primeiro turno. Ele foi banido do processo eleitoral.