Terça-feira, 10 de junho de 2025
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As eleições legislativas de Portugal, realizadas neste domingo (18/05), terminaram com uma vitória da Aliança Democrática (AD), coalizão de centro-direita liderado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, que revalidou a vitória alcançada em 2024, ao conquistar 32,7% dos votos válidos.

O resultado significa um crescimento de mais 160 mil votos em comparação com o pleito realizado em março de 2024, quando o setor de Montenegro obteve sua primeira vitória eleitoral.

Seu setor elegeu um total de 89 parlamentares no pleito deste domingo, o que configura uma maioria, porém, insuficiente para poder governar sozinho – seria preciso alcançar as 116 vagas no Parlamento para isso. Portanto, assim como aconteceu no ano passado, o setor precisará formar uma aliança para manter Montenegro no cargo de premiê.

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Em segundo lugar ficou o Partido Socialista (PS), liderado por Pedro Nuno Santos, que obteve 23,3% dos votos válidos. O resultado, porém, foi desastroso para a sigla de centro-esquerda, que perdeu mais de 300 mil votos em comparação com a última disputa eleitoral.

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Em 2024, o PS elegeu 77 parlamentares. Desta vez, obteve 58 cadeiras, uma bancada significativamente menor, em comparação com o resultado anterior.

A queda dos socialistas significou, ademais, um quase empate com o Chega, legenda de extrema direita que, pelo contrário, obteve o maior crescimento entre as principais forças políticas do país, saltando de 18,1% em 2024 para 22,5% este ano.

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Geopol / X

Os extremistas, liderados pelo ex-comentarista esportivo André Ventura, somaram cerca de 230 mil votos a mais na eleição deste domingo, elegendo os mesmos 58 parlamentares que os socialistas, dez a mais que a sua bancada de 2024.

Outro partido de direita, o Iniciativa Liberal, passou de 5,1% em 2024 para 5,5% em 2025, o que significou eleger nove parlamentares este ano, contra oito eleitos no ano passado.

Esquerda

O Bloco de Esquerda, outra força progressista tradicional de Portugal, também teve uma queda, ficando com apenas 2% dos votos, contra 4,5% em 2024. Se daquela vez a sigla elegeu cinco parlamentares, desta vez ficou com apenas um.

Já o Partido Comunista Português manteve o mesmo patamar do pleito anterior. Alcançou 3,0 % este ano, contra 3,3% em 2024, elegendo a mesma quantidade de parlamentares: três.

A surpresa foi o partido de centro-esquerda Livre, legenda de discurso ambíguo – em parte, defende plataforma que descreve como “ecossocialista”, mas ao mesmo mantém retórica belicista e pró-guerra na Ucrânia e a favor de Israel – que passou de 3,2% em 2024 para 4,2% este ano, e elegeu o dobro de deputados: seis, contra três no ano passado.

 

Com informações de SAPO.