Quinta-feira, 12 de junho de 2025
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A recuperação econômica na América Latina deve acontecer antes do previsto, segundo dados divulgados hoje (10) pela Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe). A comissão também informou que ainda no ano que vem deve ocorrer um crescimento econômico de 4,1% na região, liderado pelo Brasil. Já as previsões de 2009 são de uma contração de 1,8%, encerrando um ciclo de seis anos de crescimento regional.

Apesar dessa queda de 2,9% no PIB (Produto Interno Bruto) per capita do conjunto da América Latina, a Cepal destacou que a contração será menor que a prevista em junho (1,9%). A maior queda da economia latino-americana em 2009 foi registrada no México (-6,7%).

 

“A recuperação das economias da América Latina e do Caribe da crise internacional será mais rápida que o previsto há alguns meses”, afirmou o órgão, que é ligado à ONU, ao entregar seu balanço anual das economias latino-americanas.

Segundo o relatório, o Brasil deve crescer 5,5% em 2010, registrando a maior taxa entre os países da região que foram avaliados. Em segundo lugar, vêm Peru e Uruguai, com 5% cada, seguidos por Bolívia, Chile e Panamá, com crescimento de 4,5%; Argentina e Suriname têm 4%; e México, Costa Rica e República Dominicana têm 3,5%.

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“O pior da crise ficou para trás”, afirmou a secretária-geral da comissão, a mexicana Alicia Bárcena.

A região, de acordo com a Cepal, superou a crise rapidamente, graças a um conjunto de políticas que permitiram enfrentar as turbulências externas de forma eficaz. Entre elas, o relatório destaca a redução das taxas de juros, o aumento na participação dos bancos estatais na política de crédito, a expansão dos investimentos públicos e a aplicação de uma variada gama de programas sociais, relacionados a subsídios ao consumo e apoio a famílias pobres.

Mesmo assim, o órgão adverte que persistem as dúvidas sobre a sustentabilidade desse crescimento com o passar do tempo. “Os motores do crescimento se acenderam novamente, mas não sabemos até quando o combustível vai durar. Ainda há dúvidas sobre se esta retomada vai ser duradoura”, diz a Cepal.

A reativação econômica será mais marcante na América do Sul e na parte continental da América Central, diz o texto, com respectivas taxas de crescimento de 4,7 e 3%. No Caribe, a alta deve ser menor: 1,8%.

A taxa de desemprego na América Latina deve encerrar o ano com uma média de 8,3%, menor que os 9% previstos no início do ano, mas com uma piora na qualidade dos postos de trabalho em geral.

Cepal: América Latina deve sair da crise mais cedo

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