O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, assegurou nesta segunda-feira (18/10) que Caracas comprará as baterias com mísseis S-300 que a Rússia se negou a fornecer ao Irã, devido às sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU.
“Compraremos os S-300 e outros armamentos da Rússia. Esse processo vai muito bem”, afirmou Chávez, que se está em sua primeira visita oficial na Ucrânia, à agência de notícias Interfax.
Analistas militares russos já anteciparam na semana passada, durante a visita de Chávez a Moscou, que a Venezuela poderia receber os S-300, já que a Rússia está buscando um novo comprador.
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A Rússia anunciou, no início de outubro, a anulação do contrato de venda ao Irã de sistemas de mísseis antiaéreos S-300 e o início das negociações para compensar economicamente Teerã.
O presidente russo, Dmitri Medvedev, proibiu no dia 22 de setembro por decreto a provisão ao Irã de armamento pesado, em cumprimento da resolução 1929 do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.
Rússia e Irã assinaram em 2007 um contrato de provisão de cinco S-300 por de dólares 800 milhões, mas o Kremlin suspendeu a operação por motivos políticos, no meio da nova etapa de relações com os EUA.
Os S-300 são considerados muito mais potentes que os também sistemas antiaéreos Tor-M-1 que tanto Venezuela como Irã compraram há alguns anos.
O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, anunciou na sexta-feira (16/10), depois de se reunir com Chávez, que a Rússia fornecerá em breve 35 tanques à Venezuela, a primeira parte dos 92 carros de combate solicitados por Caracas.
Embora Putin não tenha precisado, os especialistas consideram que se trata de tanques T-72, que substituiriam os MX-30 franceses e que já foram adquiridos por mais de 30 países, entre eles Irã e Síria.
Tantos esses tanques como as plataformas de lançamentos múltiplos Smerch serão adquiridos pela Venezuela graças ao crédito de de dólares 2,2 bilhões que Moscou concedeu a Caracas para a compra de armamento pesado.
Em abril, durante sua visita à Venezuela, Putin afirmou que o país planejava comprar armas russas no valor de mais 5 bilhões de dólares.
A Venezuela, que segundo fontes adquiriu, desde 2005, armas russas por um montante de 4,4 bilhões de dólares, se tornou o principal cliente latino-americano da indústria militar russa, o que preocupa EUA e Colômbia.
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