Sexta-feira, 18 de julho de 2025
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Os presidentes de Venezuela, Hugo Chávez e da Colômbia, Álvaro Uribe, protagonizaram um bate boca durante o almoço de presidentes da Cúpula do Grupo do Rio, em Playa Del Carmen, no México, ontem (22). Pouco tempo depois, porém, os dois presidentes abaixaram o tom e concordaram com a formação de um “grupo de países amigos” que auxilie os governos a superarem diferenças.

Fontes da delegação venezuelana confirmaram à agência Efe que houve “uma discussão acalorada” quando Uribe comparou o bloqueio dos Estados Unidos sobre Cuba com o tratamento comercial da Venezuela a empresas colombianas. Após as palavras de Uribe, Chávez explicou que o comércio entre os países se multiplicou por oito desde sua chegada ao poder, em 1999, quando estava em um patamar de 1,6 bilhão de dólares, chegando a 7,9 bilhões de dólares de 2008.

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Segundo as fontes, Uribe interrompeu o líder venezuelano quando ele defendia sua postura, e Chávez pediu que deixasse acabar seu discurso. Outras fontes que participaram do almoço explicaram à Efe que o presidente cubano, Raúl Castro, que participa de sua primeira cúpula do Grupo do Rio, teve que intervir para terminar a discussão.

O secretário de imprensa da Presidência colombiana, César Mauricio Velásquez, disse em declarações à Efe que Chávez insinuou durante a discussão que há 300 paramilitares colombianos entrando na Venezuela para assassiná-lo, dando a entender que Uribe tenha relação com isso. Por isso, Uribe “pediu respeito, dizendo que jamais faria algo assim”, assinalou Velásquez.

Durante a discussão, Chávez afirmou que ia se retirar do recinto, quando Uribe disse: “Seja homem e permaneça aqui, e falemos de frente, porque o senhor às vezes insulta à distância”, relatou o funcionário colombiano.

Velásquez indicou que se tratou de um incidente “menor”, e que na declaração final da cúpula do Grupo do Rio, que será divulgada hoje durante o encerramento da reunião, foram aprovados dois pontos nos quais os países da região se comprometem a “acompanhar o processo de integração e de amizade” entre Colômbia e Venezuela.

Esses acordos “foram pactuados” entre os governos da Colômbia e Venezuela, garantiu o secretário de imprensa.

Mediação

O presidente da República Dominicana, Leonel Fernández, presidirá o “grupo de amigos”. A escolha do nome foi anunciada pelo presidente mexicano, Felipe Calderón. Após a discussão com Uribe, Chávez declarou estar de acordo com a mediação. “Eu disse que estou de acordo com a formação de um grupo de amigos e que recuperemos a confiança e a transparência, isso é necessário”, disse a jornalistas.

(Atualizado às 16h40)

Chávez e Uribe discutem durante cúpula no México

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