O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ordenou o retorno do embaixador venezuelano na Colômbia a Bogotá, Gustavo Márquez, uma semana após ter retirado o diplomata do país vizinho, motivado pela acusação feita pelo presidente Álvaro Uribe de que Caracas teria vendido armas às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
“Eu advogo pela paz e pela luta para torná-la realidade”, disse ontem (7), de acordo com o jornal colombiano El Tiempo, após reunir-se com a senadora colombiana Piedad Córdoba, que encabeçou a comitiva Colombianos e Colombianas pela Paz e pediu a Chávez que não rompesse as relações com a Colômbia e não deixasse sozinhos os colombianos que estão buscando a paz.
A senadora também pediu que Chávez se comprometesse publicamente a nunca iniciar uma guerra com a Colômbia. Após a reunião, Chávez se dirigiu a Márquez e mandou que voltasse à Colômbia.
“Digo que uma das maiores aspirações da minha vida é de que não haja guerra. O mesmo com relação aos Estado Unidos (…) Temos de evitar que nossos filhos, as gerações que chegam, passem por uma guerra na Venezuela, na Colômbia, ou entre os dois paíse. Seria o último recurso. Juro, frente ao mundo, que farei o humanamente possível para evitar a confrontação e sei que os colombianos também agirão assim”, afirmou, segundo o jornal venezuelano El Universal.
'Israel da América Latina'
Durante o encontro, Chávez se mostrou muito crítico com a decisão da Colômbia de permitir que os Estados Unidos operem em bases colombianas. “Os yanquis querem transformar a Colombia na Israel da América Latina”, afirmou.
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Opinião: o ataque tóxico de Uribe
Chávez seguiu dizendo que Washington quer evitar a unidade e o progresso do continente e agregou que a política de Álvaro Uribe muitas vezes se fundamenta “na mentira”, dando como exemplo quando em 2008 o Exército colombiano bombardeou dentro do território do Equador uma base militar das Farc, matando o numero dois do grupo, Raul Reyes. O episódio fez surgir uma duradoura crise diplomática entre os países.
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