Ao menos 500 presos iniciaram neste domingo (12/12) uma greve de fome em protesto contra as precárias condições das penitenciárias chilenas. De acordo com a administração da penitenciária, no momento somente 200 presos continuam com a greve de fome. Na quarta-feira (08/12), 81 pessoas morreram após um incêndio na prisão de San Miguel, em Santiago.
Os grevistas, presos na cadeia de Calama, cidade localizada no deserto do Atacama, disseram que o protesto é também em solidariedade às vítimas da semana passada. O local tem capacidade para 290 pessoas, mas abriga atualmente 600.
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Logo após o incêndio em San Miguel, o presidente do Chile, Sebastian Piñera, reconheceu que o sistema penitenciário do Chile é “desumano” e prometeu melhorias. “Essa deve ser uma tragédia que nos ajude a corrigir nossos rumos, que ajude a melhorar a qualidade de vida das pessoas que estão privadas da liberdade”, afirmou Piñera. Segundo ele, cerca de 70% dos presídio chilenos estão superlotados.
O procurador-geral do Chile, Sabas Chahuán, nomeou Alejandro Peña como promotor principal para realizar a investigação da tragédia em San Miguel. Por sua vez, a defensora pública nacional, Paula Vial, assinalou aos jornalistas que os mortos eram, em sua maioria, detentos “principiantes” e “réus de baixa periculosidade”, como por exemplo Bastián Arriagada, um jovem de 20 anos que estava em prisão preventiva pela venda de filmes piratas.
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