Sexta-feira, 18 de abril de 2025
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A China apoiou, nesta segunda-feira (23/12), a soberania panamenha sobre o Canal do Panamá após as ameaças do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em reassumir o controle da região comercial.

Segundo as declarações da porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, o Canal do Panamá é “uma criação do povo panamenho” e a China “respeitará sempre” o direito soberano da nação panamenha sobre ele.

Em entrevista coletiva, a representante de Pequim declarou que seu país “sempre respeitou a justa luta do povo panamenho pela soberania” sobre o canal.

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“Acreditamos que, sob a gestão eficiente do Panamá, o canal continuará a dar novas contribuições para a facilitação da integração e dos intercâmbios entre os diferentes países”, acrescentou a porta-voz, referindo-se às declarações do presidente panamenho, José Raúl Mulino, reivindicando soberania da região.

Stan Shebs/Wikicommons
Trump reacendeu tensões diplomáticas ao declarar, no último sábado (21/12), que os Estados Unidos deveriam reassumir o controle do Canal do Panamá
Apoio da Colômbia

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, manifestou no último domingo (22/12) seu apoio ao presidente panamenho, José Raúl Mulino, diante da situação.

Por meio das redes sociais, Petro disse que estará ao lado do Panamá em defesa de sua soberania. O presidente colombiano disse que Trump “cometeu um erro e se contradisse”, pois essa medida aumentará “em milhões” a migração para os Estados Unidos.

“Se parece caro pagar para passar o Canal do Panamá para as mãos do Panamá, será muito mais caro mergulhar o Panamá, a América do Sul, a América Central ou o México na pobreza”, argumentou o chefe de Estado colombiano.

Trump reacendeu tensões diplomáticas ao declarar, no último sábado (21/12), que os Estados Unidos deveriam reassumir o controle do Canal do Panamá. Na plataforma Truth Social, o norte-americano acusou o país de cobrar taxas excessivas e afirmou que não deixaria o canal cair em “mãos erradas”, em referência à China.

O Canal do Panamá, responsável por quase 5% do comércio marítimo mundial, é peça-chave para o transporte de mercadorias entre os oceanos Atlântico e Pacífico. Em 2024, completam-se 25 anos desde a reversão total do controle do canal para o Panamá, um marco de sua independência e autonomia.

(*) Com Brasil de Fato e TeleSUR