O presidente chinês, Hu Jintao, declarou hoje (17) que China e Estados Unidos devem rejeitar o protecionismo e fazer todo o possível para resolver as divergências comerciais, após uma reunião com o presidente norte-americano, Barack Obama, em Pequim.
“Nossos dois países devem opor-se ao protecionismo e rejeitá-lo”, declarou Jintao, que também destacou o fato de Pequim e Washington terem reiterado a vontade de trabalhar juntos para “resolver de forma apropriada as divergências econômicas e comerciais”.
Shawn Thew/EFE
Os dois presidentes mencionaram diretamente a melhoria das relações dos dois países, mas mostraram diferenças sobre a cooperação na economia, na luta contra a mudança climática e na questão dos impasses nucleares com Irã e Coreia do Norte.
“Vamos continuar a agir em um espírito de igualdade, respeito mútuo e não-interferência nas questões internas do outro”, disse Hu.
Protecionismo
Os dois líderes passaram duas horas reunidos no Palácio do Povo, na praça da Paz Celestial. Em seguida leram declarações perante a imprensa, sem que os jornalistas presentes pudessem fazer perguntas. Obama chegou a Pequim na sua primeira visita oficial ao país enfatizando a importância da China no cenário internacional.
A economia representou boa parte da conversa. Obama disse que a parceira com a China é crucial para os esforços norte-americanos de sair de uma das piores recessões em décadas. Sobre a cotação do yuan, que os EUA querem que China flexibilize, Obama expressou sua satisfação pelo “compromisso da China de fazer a cotação de sua moeda mais orientada aos mercados gradualmente”, algo que considerou que contribuirá para fazer mais “equilibrada” a economia mundial.
“Fiquei satisfeito em observar o compromisso chinês, feito em comunicados anteriores, de se dirigir para uma taxa de câmbio mais orientada pelo mercado ao longo do tempo”, afirmou Obama. “Enfatizei em nossas discussões e com outros na região que fazer isso com base nos fundamentos econômicos daria uma contribuição essencial para a situação econômica global”, declarou.
Impasse nuclear
Os dois líderes abordaram também a não-proliferação e os programas nucleares da Coreia do Norte e Irã. Neste sentido, voltaram a pedir para que Pyongyang volte “assim que seja possível” à mesa de negociações multilateral sobre seu programa atômico.
Sobre o Irã, o presidente norte-americano advertiu sobre “consequências” se não demonstra que seu programa nuclear tem fins pacíficos. Hu, pelo contrário, afirmou que ambas partes se encontram de acordo em resolver a questão “mediante o diálogo”.
NULL
NULL
NULL