Segunda-feira, 9 de junho de 2025
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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, votou neste domingo (01/05) na inédita eleição judicial do país, na qual cerca de 100 milhões de cidadãos elegerão juízes do Supremo Tribunal de Justiça da Nação (SCJN), juízes do Tribunal Eleitoral do Poder Judiciário da Federação (TEPJF) e vários juízes distritais.

Durante a manhã, a mandatária deixou o Palácio Nacional acompanhada de seu marido, Jesús María Tarriba, em direção à seção eleitoral do número 4748, no no Museu de Arte do Departamento do Tesouro, localizado na Rua Moneda, ao lado da residência presidencial.

“Vida longa à democracia!” bradou a mandatária com o punho erguido após exercer seu direito de voto, em meio a multidão de mexicanos.

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Sheinbaum enfatizou que eleições judiciais “colocarão sobre o povo mexicano a responsabilidade de formar um novo judiciário honesto”
Gobierno de México/X

No último sábado (31/05), Sheinbaum convocou o povo a votar, “entre todos nós”, quem serão os ministros da Suprema Corte de Justiça da Nação, os magistrados e os juízes.

Ela também enfatizou que essas eleições “colocarão sobre o povo mexicano a responsabilidade de formar um novo judiciário honesto, próximo do povo, que não tenha sido eleito pelo presidente ou pelos legisladores, mas pelo povo do México”.

Primeira eleição judicial do mundo

O processo eleitoral, que teve as urnas abertas às 8h locais (11h no horário de Brasília), busca renovar 881 cargos federais e aproximadamente 1.800 cargos locais em 19 estados mexicanos, representando metade dos juízes do Poder Judiciário Federal.

A iniciativa faz parte de uma reforma iniciada pelo ex-presidente Andrés Manuel López Obrador (2018-2024) e continuada por Claudia Sheinbaum. A mudança busca revogar os privilégios desfrutados pelas classes dominantes e elites econômicas no México, dando origem a sérios problemas de corrupção, com as classes altas se beneficiando e se protegendo, em detrimento do povo.

Sobre os resultados, entre 1º e 10 de junho, os votos serão contados no México. Cada tipo de cargo tem sua data: do dia 1º ao dia 3, serão apurados os votos para ministros do Supremo Tribunal Federal; de 3 a 4 para magistrados do Tribunal Disciplinar Judicial; de 4 a 5 para a Câmara Superior do Tribunal Eleitoral; de 5 a 6 para as Câmaras Regionais; de 6 a 8 para magistrados de circuito; e de 7 a 10 de junho para juízes distritais. Se uma contagem terminar prematuramente, a próxima contagem começará imediatamente.

Então, em 12 de junho, ocorre a revisão final (chamada de contagem estadual) para confirmar os resultados de cinco dessas eleições. No mesmo dia, também são validados os resultados distritais das Câmaras Regionais do Tribunal Eleitoral, na chamada contagem de círculos eleitorais pluripartidários. Todo esse processo é fundamental para garantir que os resultados sejam corretos e oficiais.

(*) Com TeleSUR