O governo colombiano anunciou nesta quinta-feira (25/11) que decretará estado de emergência em razão das fortes chuvas que castigam o país, as piores nas últimas quatro décadas e que deixam até o momento mais de 150 mortos e 1,3 milhão de desabrigados.
O ministro do Interior, Germán Vargas Lleras, disse que esse decreto deverá passar primeiro pelo conselho de ministros. Espera-se que essa medida administrativa seja adotada nas próximas horas.
“Vamos fazê-lo, é um decreto que tem de ser levado para o conselho de ministros, mas também um pré-requisito para ter acesso aos créditos internacionais que canalizem os recursos ao fundo de calamidades”, disse.
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Lleras explicou que, para ter acesso aos de dólares 150 milhões que serão pedidos de crédito ao Banco Mundial (BM) para atender à emergência, é necessário realizar o decreto de estado de emergência.
“Neste momento, estamos enfocando toda a ação do Estado para atender primordialmente a assistência humanitária dos colombianos desabrigados”, acrescentou. “Muitas obras de prevenção não podem ser adiantadas em meio às inundações”.
Crédito
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, anunciou na terça-feira passada que seu país pedirá um crédito de 150 milhões de dólares ao BM e usará 25 milhões de dólares apreendidos dos traficantes para atender aos 1,3 milhão de desabrigados e aos familiares das 154 pessoas mortas pelas fortes chuvas que atingem o país. O presidente lembrou que, neste ano, foram destinados 500 bilhões de pesos (270,3 milhões de dólares) para atender à emergência, mas ainda são necessários 4,8 trilhões de pesos (2,594 bilhões de dólares).
As chuvas que castigam a Colômbia desde o início do ano, associadas ao fenômeno La Niña, deixaram 154 mortos e 1,3 milhão de desabrigados, informou na segunda-feira a diretora de Gestão de Risco do Ministério do Interior, Luz Amanda Pulido. Ela disse também que, dos 1.100 na Colômbia, 599 municípios registraram emergências.
Há semanas, dezenas de localidades e municípios estão inundados em diversos departamentos do país, motivo pelo qual o governo decretou na semana passada estado de emergência em 28 dos 32 departamentos do país.
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