Quinta-feira, 3 de julho de 2025
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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou nesta quarta-feira (01/05) que seu país romperá relações diplomáticas com Israel, devido à ofensiva militar que o governo de extrema direita comandado por Benjamin Netanyahu vem promovendo desde outubro de 2023 aos palestinos residentes na Faixa de Gaza.

A ação militar israelense, que já resultou na morte de mais de 34 mil civis, incluindo cerca de 15 mil menores de idade, além da destruição quase completa das casas e edifícios naquele território, foi um dos temas abordados por Petro em seu discurso durante o ato pelo Dia dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, no centro de Bogotá.

“Se todos os slogans, se todas essas cores pudessem ser resumidas em uma única palavra para reivindicar a necessidade da vida, da rebelião, da bandeira hasteada e da resistência, essa palavra seria ‘Gaza’, seria ‘Palestina’”, afirmou Petro, durante sua declaração.

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Em seguida, o mandatário colombiano enfatizou que “aqui diante de vocês, o governo da mudança informa que amanhã serão rompidas oficialmente as relações diplomáticas com o Estado de Israel, por ter um governo genocida, e um líder (Netanyahu) genocida”.

Ao terminar sua fala a respeito desse tema, Petro disse que “se a Palestina morrer, a humanidade morre, e não vamos deixá-la morrer, assim como não vamos deixar a humanidade morrer”.

Presidência da Colômbia
Anúncio de Gustavo Petro formaliza promessa feita pelo presidente colombiano em março, após resolução do Conselho de Segurança da ONU

“Os tempos de genocídio, de extermínio de um povo inteiro diante dos nossos olhos, diante da nossa passividade, não podem voltar”, completou o governante sul-americano.

Promessa e processo na ONU

A decisão, uma vez formalizada, fará cumprir uma promessa que o presidente colombiano fez em março, após o Conselho de Segurança, principal órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), aprovar a única resolução de cessar-fogo sobre o conflito em Gaza até o momento.

Na ocasião, Petro assegurou que a Bogotá romperia relações com Tel Aviv se a resolução não fosse acatada. Efetivamente, o cessar-fogo não foi obedecido.

No início de abril, o governo da Colômbia anunciou que se unia a África do Sul como parte acusatória da ação judicial contra Israel que tramita na Corte Internacional de Justiça (CIJ), tribunal localizado em Haia, nos Países Baixos, e ligado à ONU. No processo, Tel Aviv responde por possíveis “atos de natureza genocida” cometidos contra a população civil da Faixa de Gaza.