Colombianos ocupam as ruas e Petro cogita impor referendo por decreto
Presidente da Colômbia publicou mensagem no momento em que protestos a favor de sua proposta de reforma trabalhista registram grande adesão em várias cidades
Grandes manifestações tomaram as ruas das principais cidades da Colômbia nesta quarta-feira (28/05), incluindo Medellín, Cali, Barranquilla e a capital Bogotá, em apoio ao presidente Gustavo Petro e seu projeto de realizar um referendo popular sobre a reforma trabalhista impulsionada por seu governo.
A mobilização faz parte de uma greve geral convocada pela Central Unitária dos Trabalhadores (CUT), que consiste em uma paralisação de 48 horas iniciada à meia-noite desta quarta, e que terminará no último minuto desta quinta-feira (29/05).
Em entrevista ao canal TeleSur, o vice-presidente da CUT, Edgar Mojica, afirmou que “o objetivo da manifestação é romper o bloqueio legislativo que impede a aprovação da reforma trabalhista e outras iniciativas sociais do governo, além apoiar o referendo como mecanismo democrático para superar a oposição no Congresso”.
“Os dias de mobilização foram convocados para que possamos dizer ao Congresso que as reformas promovidas pelo presidente Petro são um mandato do povo, e que não vamos aceitar arremedos de reformas no lugar do projeto que foi apresentado pelo governo”, disse o líder sindica, ao ser perguntado sobre a iniciativa de um grupo opositor de direita, de apresentar um projeto alternativo de reforma trabalhista.
Segundo a TeleSur e o jornal colombiano El Espectador, mais de 10 cidades têm registrado protestos massivos, e as manifestações, em Cali, Medellín e Bogotá superaram a marca de 50 mil pessoas nas ruas.

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Possível decreto
Em meio ao sucesso da mobilização, o presidente colombiano Gustavo Petro publicou uma mensagem nas redes sociais dizendo que, poderia impor um decreto para fazer com que o referendo da reforma trabalhista se torne realidade.
A iniciativa seria uma resposta ao fato de que projeto de lei com o qual o governo iniciou sua tentativa de impulsionar o referendo foi rejeitado pelo Congresso local.
A declaração causou reações negativas por parte de líderes da oposição, que ameaçaram apelar ao Tribunal Constitucional caso Petro utilize esse mecanismo.
Em resposta, o mandatário citou o artigo 33 da lei 1557 da Constituição colombiana, que permitiria a ele convocar o referendo.
“A Corte Constitucional terá a oportunidade de restabelecer um pilar da Constituição de 1991: a democracia participativa e a soberania popular”, comentou Petro.
Com informações de TeleSur e El Espectador.
