O Brasil foi eleito, na última terça-feira (11/02), o país para presidir a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Segundo o governo Lula, políticas públicas nacionais como o Cadastro Único e o Bolsa Família “servirão de exemplo” para que outros países impulsionem ações concretas contra a vulnerabilidade social.
A eleição brasileira foi feita durante um evento realizado em Roma, na Itália, onde a primeira-dama Rosângela “Janja” Lula da Silva será pelo papa Francisco nesta quarta (12/02) para tratar do tema.
“Para mim, é uma honra participar desse momento histórico da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Essa luta pelo povo mais pobre do mundo é uma grande bandeira do presidente Lula, que, por sua história e vivências, sabe o quanto isso é importante”, afirmou Janja.
“A Aliança propõe o caminho de unir esforços de diversos países do mundo. Hoje estamos colhendo esse fruto”, acrescentou a primeira-dama ao lado do ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias, eleito como presidente do Conselho de Campeões da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza..
A eleição de Dias ocorreu na sede do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), agência da ONU voltada para o combate à insegurança alimentar, em Roma, durante a primeira reunião do Conselho.
A reunião formalizou a composição do grupo e instaurou as presidências e vice-presidências, além de aprovar as regras de funcionamento.
Segundo o governo brasileiro, ministro Dias deverá promover “um debate estratégico entre os países e órgãos membros sobre ações imediatas a serem tomadas para criar melhores condições de funcionamento da Aliança”.

Bolsa Família foi adotado pelo presidente Lula durante seu primeiro governo, em 2004
Como presidente da Aliança contra a Fome, Dias propôs a “operacionalização” dos objetivos estabelecidos na cúpula do G20 no Rio de Janeiro- que teve a pauta do combate à fome e pobreza como central, impulsionando “parcerias concretas e ações orientadas para resultados”.
Segundo ele, a Aliança terá como “principal papel impulsionar países, instituições e organizações a manter o compromisso e a implementação das metas estabelecidas pela Aliança Global”.
O ministro também anunciou que uma equipe de assessores, denominada Mecanismo de Apoio, vai trabalhar em Washington, Roma, Brasília, Adis Abeba e Bangkok.
Metas e compromissos da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza
Segundo a organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), mais de 750 milhões de pessoas viviam com fome em 2023.
Diante disso, o presidente Lula lançou a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, durante a Cúpula de Líderes do G20 em novembro passado, para mobilizar recursos e coordenar ações a fim de erradicar a pobreza e a fome no mundo com as seguintes metas:
• Alcançar 500 milhões de pessoas com transferências de renda em países de renda baixa e média baixa;
• Alcançar 200 milhões de pessoas com expansão de alimentação escolar;
• Alcançar 150 milhões de pessoas com programas de apoio à primeira infância;
• Alcançar 100 milhões de pessoas com programas de inclusão socioeconômica;
• Ofertar 24 bilhões de dólares em recursos de crédito pelo Banco Interamericano, e 200 milhões de dólares em doação de assistência técnica.
(*) Com Ansa e Agência Gov