Nesta terça-feira (01/10), o México realizará sua cerimônia de transição presidencial, que marcará o fim do período de Andrés Manuel López Obrador e o início do mandato de Claudia Sheinbaum, primeira mulher que exercerá o cargo de presidente do país.
Obrador conclui seu “sexênio” – como os mexicanos chamam o período presidencial no país, que dura seis anos – com recorde de aprovação, segundo as diferentes pesquisas que foram publicadas nos últimos dias.
Segundo a consultora Oraculus, o líder do partido Movimento de Regeneração Nacional (Morena) termina seu governo com 74% de aprovação da cidadania. O número é significativamente superior ao do segundo colocado, Ernesto Zedillo (1994-2000), que teve 67% de aceitação ao final do seu período.
Mesmo em meios tradicionalmente desfavoráveis ao seu governo, a imagem positiva do governo de Obrador é evidente. Na pesquisa publicada nesta segunda-feira (30/09) pelo ultraconservador diário El Financiero, o fundador do Morena aparece com 68% de imagem positiva. Desta vez, o número é inferior ao de Zedillo, que terminou seu mandato com 69% de aprovação nessa pesquisa.
Vale recordar, porém, que o mandato de Zedillo é um dos mais polêmicos da história do México, devido aos muitos casos de corrupção envolvendo o governo, que terminou com uma contradição, já que a alta aprovação do presidente nas pesquisas se chocam com o fato de que ele não conseguiu eleger seu sucessor, Francisco Labastida, derrotado por Vicente Fox (2000-2006), da sigla de extrema direita Partido da Ação Nacional (PAN), e pior, essa derrota marcou o fim do período de 71 anos no poder do Partido Revolucionário Institucional (PRI), de centro-direita.
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Vale recordar, porém, que o mandato de Zedillo é um dos mais polêmicos da história do México, devido aos muitos casos de corrupção envolvendo o governo, que terminou com uma contradição, já que a alta aprovação do presidente nas pesquisas se chocam com o fato de que ele não conseguiu eleger seu sucessor, Francisco Labastida, derrotado por Vicente Fox (2000-2006), da sigla de extrema direita Partido da Ação Nacional (PAN), e pior, essa derrota marcou o fim do período de 71 anos no poder do Partido Revolucionário Institucional (PRI), de centro-direita.
‘Consciência tranquila’
Em sua última coletiva antes de deixar o poder, na manhã desta terça-feira, Obrador disse que deixa o cargo “com a consciência tranquila”.
“Missão cumprida! Creio que conseguimos concluir neste período menos do que nós gostaríamos, mas muito mais do que as pessoas esperavam de nós, e tenho certeza que este projeto não termina aqui, vai seguir, essa é a minha maior satisfação”, frisou o mandatário.
Durante a sua última “manhanera”, como ficaram conhecidas suas tradicionais coletivas realizadas em quase todas as manhãs – com transmissão nas redes sociais, onde costuma registrar altos índices audiência –, Obrador evitou falar da polêmica pela ausência de representantes da Espanha na cerimônia de transição. Em vez disso, enfatizou a presença de sete presidentes da América Latina, entre eles o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
“Me reuni com os presidentes Bernardo Arévalo (Guatemala), John Briceño (Belize), Xiomara Castro (Honduras), Díaz-Canel (Cuba), Gustavo Petro (Colômbia), Lula da Silva (Brasil) e Gabriel Boric (Chile). Agradeci a eles pela solidariedade com o México, seu povo e seu governo, e pela promessa de manter os laços de união conosco no novo governo que se inicia”, comentou.
Sobre o mandato da futura presidente Claudia Sheinbaum, Obrador afirmou que não pretende fazer comentários a respeito do novo governo.
“A minha opinião só importa até hoje, enquanto ainda sou presidente. O que acontecerá a partir de amanhã é responsabilidade da doutora Claudia (Sheinbaum), que recebeu quase 36 milhões de votos (59,8% dos votos válidos), portanto ela tem o respaldo das pessoas e para conduzir o país e este projeto que iniciamos em 2018”, afirmou, em uma de suas últimas frases como presidente do México.
Com informações de La Jornada e El Financiero.