Atualizada às 13h43
O USOC (Comitê Olímpico dos EUA, na sigla em inglês) liberou seus atletas de competirem nos Jogos Olímpicos do Rio, que acontecem em agosto, por conta do vírus zika. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (08/02) pela agência Reuters. De acordo com o relato, a decisão foi transmitida por meio de teleconferência, em janeiro, às federações esportivas norte-americanas.
De acordo com a Reuters, Donald Anthony, presidente da USA Fencing (Federação de Esgrima dos EUA), afirmou que, na teleconferência, foi dito que “se elas [as federações] não se sentem confortáveis em ir”, não devem mandar atletas ao Brasil.
Por sua vez, o COI (Comitê Olímpico Internacional) afirmou, há duas semanas, que o Rio de Janeiro estará “seguro” para os atletas que irão disputar os Jogos.
Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas
O mosquito Aedes aegypt, transmissor do vírus zika, da dengue e da chikungunya
Obama
O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou durante entrevista a um programa da emissora norte-americana CBS que vai pedir ao Congresso US$ 1,8 bilhão (cerca de R$ 7 bilhões) para combater o vírus no país.
Em comunicado, a Casa Branca ressaltou a necessidade de o país, e particularmente os estados do sul, estarem “plenamente preparados” para a chegada do verão para diminuir a transmissão local do vírus.
Até agora foram registrados 50 casos de zika por contágio externo nos Estados Unidos e um através de contágio sexual local, em Dallas, no Texas, de acordo com números do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
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Zika no Brasil
A primeira epidemia da doença fora da África, da Ásia e das ilhas do Pacífico começou no Brasil em maio do ano passado. Os sintomas da infecção pelo zika são febre, conjuntivite e dores de cabeça, mas cerca de 80% das pessoas infectadas não apresentam sintomas.
Anteriormente, acreditava-se que o zika tinha poucos efeitos para além da doença nas pessoas infectadas, mas em novembro o Ministério da Saúde brasileiro declarou que o vírus está ligado à ocorrência de microcefalia, uma má-formação fetal em que o bebê nasce com o cérebro menor do que o tamanho considerado normal.
O Brasil, que é o país mais afetado pelo surto de zika até agora, confirmou na última semana 4.180 casos suspeitos de microcefalia no país desde setembro. O governo brasileiro determinou o deslocamento de 220 mil militares, 60% dos integrantes das Forças Armadas, para participar de uma campanha de informação contra o mosquito em cerca de 300 cidades.