O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou na noite desta segunda-feira (17/11) que “o compromisso das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) com a paz está sendo colocado à prova”. A declaração do mandatário foi feita um dia depois da suspensão dos diálogos de paz, realizados em Havana, devido ao suposto sequestro do general Rubén Darío Alzate Mora.
“A paz é um valor supremo para os colombianos. Por isso tomei a decisão de implementar o processo de paz com as FARC, mesmo consciente das dificuldades que estavam por vir”, afirmou Santos.
O presidente falou ainda que os negociadores de seu governo não viajarão a Cuba até que o general e outros dois supostos reféns das FARC (o capitão Jorge Rodríguez Contreras e a advogada Gloria Urrego) sejam soltos. A guerrilha, no entanto, não assumiu a responsabilidade pelo sumiço desses três colombianos.
Carlos Latuff/Opera Mundi
As FARC prometeram para esta terça-feira (18/11) o seu primeiro pronunciamento oficial após a suspensão das conversas. Ontem, o site Anncol (Agência de Notícias Nova Colômbia), conhecido por representar as posições das FARC, questionou se o acontecido não teria sido uma “armadilha para fazer o processo de paz fracassar”.
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Santos também aproveitou o seu pronunciamento para se defender das críticas de simpatizantes da guerrilha, de que as negociações deveriam ocorrer em meio a um cessar-fogo bilateral. “Acreditem, conversar em meio ao conflito é a forma mais efetiva de colocar fim a esta guerra absurda. Não com uma simples trégua”, afirmou.
Agência Efe
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Durante os quase dois anos de diálogos, as FARC implementaram um cessar-fogo unilateral em algumas oportunidades, sem qualquer resposta do governo no mesmo sentido.
Caso o sequestro de Rubén Darío Alzate Mora seja confirmado, será o primeiro caso deste tipo que afeta um general na história da Colômbia.