Vários governos e organizações pelo mundo condenaram a saída dos Estados Unidos do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, ocorrida na noite desta terça (19/06). A medida foi anunciada pela embaixadora norte-americana na ONU, Nikki Haley, em uma entrevista coletiva com o secretário de Estado Mike Pompeo.
Hanan Ashrawi, membro do Comitê Executivo da Organização para Libertação da Palestina (OLP) disse, em comunicado, que os EUA “subvertem a lei internacional, seus instrumentos e mecanismos para manter a impunidade de Israel, a última ocupação militar do mundo”.
A China, por sua vez, lamentou a decisão, e assinalou que seu país advoga pelo multilateralismo e o apoio ao Conselho. “Protegemos e promovemos os direitos humanos em todo o mundo”, disse Geng Shuang, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse, por meio de sua conta no Twitter, que a saída dos EUA confirma que o país é um Estado “intervencionista, golpista e violador do direito à vida dos povos”.
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EUA deixaram Conselho de Direitos Humanos da ONU nesta terça-feira
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O governo da Venezuela, por sua vez, denunciou ante a comunidade internacional, por meio de um comunicado, o “desprezo” manifestado pelos EUA para com o multilateralismo e suas instituições pela decisão de sair do Conselho.
A União Europeia lamentou a postura dos EUA. “Acreditamos que a maioria dos membros internacionais se opõe à atitude de Washington contra o Conselho de Direitos Humanos”, afirmou a representante do bloco, Deyana Kostadinova.
Saída dos EUA
Haley disse que a razão para Washington abandonar o Conselho se deve ao fato de que outros Estados não teriam tido “a coragem de unir-se a nossa luta para reformar um organismo hipócrita e que só se preocupa com seus próprios interesses e burla os de direitos humanos.”
Segundo a embaixadora, o Conselho tem “preconceito crônico contra Israel”, e o anúncio da saída seria o “único passo coerente”.