O presidente do Parlamento de Honduras, Roberto Micheletti, foi eleito hoje (28) pela casa como novo governante do país, depois de o Legislativo ter destituído Manuel Zelaya do cargo, que foi levado à força por militares para a Costa Rica.
Um decreto aprovado pelo plenário do Parlamento por unanimidade em uma sessão extraordinária estabelece que Micheletti, do governante Partido Liberal, ficará no cargo “pelo tempo restante” do mandato correspondente a Zelaya, que deveria terminar em 27 de janeiro de 2010, de acordo com a Constituição.
Em um breve discurso, Micheletti prometeu que, durante sua passagem pela Presidência, fará “um governo de conciliação e diálogo nacional”, e que atuará “como manda a Constituição”.
Micheletti foi eleito em virtude de uma disposição constitucional a qual estabelece que, à revelia absoluta do presidente e do vice-presidente – que renunciou em 2008 -, o chefe do Parlamento assuma a chefia de Estado.
Minutos antes, o Congresso hondurenho aceitou uma suposta renúncia de Zelaya e aprovou sua destituição com base em um relatório de uma comissão legislativa a qual estabeleceu que este violou a Constituição, diversas leis e mandatos judiciais no processo para a frustrada consulta popular, convocada para hoje, com o propósito de buscar uma reforma constitucional em novembro.
O ex-vice-presidente hondurenho, Elvin Santos, que foi eleito junto com Zelaya em 2005, renunciou em 2008 para ser o candidato presidencial liberal nas eleições de novembro deste ano.
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Mas Zelaya disse à rede CNN que a renúncia era “totalmente falsa” e que ele continua a ser o presidente. A carta atribui a renúncia à “situação política polarizada” e a “problemas de saúde”.
A Suprema Corte do país disse que estava apoiando os militares no que chamou de defesa da democracia.
Tanques estão nas ruas e centenas de soldados com escudos cercam o palácio presidencial na capital Tegucigalpa.
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