Congresso venezuelano aprova lei que cria novo Estado em Essequibo
Lei foi sancionada após referendo realizado em dezembro sobre proteção da área
Em decisão unânime, a Assembleia Nacional da Venezuela aprovou e sancionou, nesta quinta-feira (21/03), a Lei Orgânica para a Defesa da Guiana Essequiba. O projeto consiste na criação de um novo Estado chamado Guiana Essequiba, buscando proteger a soberania venezuelana do território que está em disputa com a Guiana.
“Aprovada por unanimidade, consequentemente a Lei Orgânica para a Defesa da Guiana Essequiba é declarada sancionada, e é enviada à Câmara Constitucional do Supremo Tribunal de Justiça que se pronunciará sobre a constitucionalidade de natureza orgânica”, declarou o presidente do Parlamento, Jorge Rodríguez.
Por sua vez, o deputado Diosdado Cabello, um dos líderes do chavismo, ressaltou que “esta Assembleia Nacional reivindica o direito do povo venezuelano de defender nosso território com uma lei aprovada”.
#21Mar || Queda aprobado por Unanimidad el Proyecto de Ley Orgánica para la Defensa de la Guayana Esequiba. pic.twitter.com/YqsAx9hxkX
— Asamblea Nacional 🇻🇪 (@Asamblea_Ven) March 21, 2024
A lei veio após o referendo consultivo sobre a proteção de Guiana Essequiba, realizado em Caracas em 3 de dezembro, e que obteve mais de 10 milhões de votos nas quais os venezuelanos responderam “Sim” às cinco questões aprovadas pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Nicolás Maduro estabeleceu que seu governo implementará para a Guiana Essequiba a criação de um alto comissariado nacional e uma Zona de Defesa Integral, além da concessão de licenças de operação para exploração de petróleo, gás e mineração
Na ocasião, o presidente venezuelano Nicolás Maduro estabeleceu que seu governo implementará para a Guiana Essequiba, entre as quais: a criação de um alto comissariado nacional; a criação de uma Zona de Defesa Integral; a concessão de licenças de operação para exploração de petróleo, gás e mineração; e a divulgação do novo mapa da Venezuela com a inclusão do Essequibo.
Composta por 22 artigos e quatro capítulos, a Lei Orgânica sancionada nesta quinta-feira resulta também na nulidade da Sentença Arbitral de Paris, documento com o qual se pretendia legitimar a expropriação do território do Essequibo da nação sul-americana.
(*) Com Telesur
