O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) decidiu hoje (10) ampliar e endurecer as sanções impostas à Coreia do Norte, três semanas após o país realizar novos testes nucleares e com mísseis. A informação foi divulgada por diplomatas da organização que não se identificaram.
O documento amplia punições anteriormente impostas à Coreia do Norte, logo após os testes nucleares de 2006, que nunca chegaram a ser devidamente aplicadas. Para assegurar seu cumprimento, o conselho deve autorizar que sejam interceptados quaisquer navios suspeitos de transportar material nuclear para o país, ou a partir dele. Pyongyang, no entanto, já advertiu que considerará a interceptação de seus navios como um ato de guerra.
O texto pede que membros da ONU inspecionem portos, aeroportos e águas internacionais em casos suspeitos de conter material que contribua para o desenvolvimento nuclear da Coreia do Norte.
As medidas acordadas pelos cinco membros permanentes do conselho – Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França –, juntamente com Japão e Coreia do Sul, deverão ser estudadas pelos 15 países do órgão e colocadas em votação ainda esta semana.
Complexidade
A embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice, atribuiu ontem o atraso para a obtenção de consenso à “complexidade” técnica das sanções desejadas. Estados Unidos, Reino Unido e França desejam enviar uma mensagem clara de rejeição ao governo de Pyongyang, enquanto Rússia e China procuram evitar que se feche totalmente a possibilidade de retorno do regime comunista à mesa de negociação.
O novo documento, além da possibilidade de interceptação de navios, exige que a Coreia do Norte retorne ao processo negociador iniciado em Pequim em 2003 e paralisado devido a divergências sobre como verificar o arsenal atômico de Pyongyang.
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