Na primeira eleição indireta da história da Geórgia, realizada neste sábado (14/12), o país elegeu o ex-jogador de futebol Mikhail Kavelashvili como novo presidente.
O político é líder do partido conservador Sonho Georgiano e recebeu 224 votos no colégio eleitoral, que contou com 300 pessoas, entre deputados e representantes políticos regionais.
O processo de votação realizado no Parlamento foi organizado pela Comissão Eleitoral Central da Geórgia e não teve presença de alguns setores da oposição, cujos representantes participaram de protestos nas ruas.
Quatro dos principais partidos opositores, incluindo alguns partidos de centro-esquerda pró-União Europeia, têm minoria no colégio eleitoral e defendem a narrativa que o processo teria sido fraudado, com o suposto apoio da Rússia, principal aliado internacional de Kavelashvili.
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Mikhail Kavelashvili foi eleito presidente da Geórgia através de eleição indireta, com 224 votos no colégio eleitoral
A atual presidente, Salomé Zurabishvili, do partido de centro-direita Caminho da Geórgia, afirmou que não pretende deixar o cargo, pois considera que a atual composição do Parlamento “foi eleita em um processo ilegítimo, o que torna este processo indireto também ilegítimo”.
Zurabishvili foi eleita em 2018 para um mandato de cinco anos, que acabou sendo prolongado para seis anos, devido à pandemia de covid-19.
Apesar das queixas da atual mandatária, o primeiro-ministro da Geógia, Irakli Kobajidze anunciou que Kavelashvili tomará pose no dia 29 de dezembro e o descreveu como “presidente legitimamente eleito”. Por seu uma república parlamentarista, o poder do premiê é maior no país que o do presidente.