A Coreia do Norte realizou nesta quarta-feira (11/12) sua primeira declaração pública sobre a tentativa do presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol de impor um autogolpe de Estado.
O presidente sul-coreano tentou através da implementação de lei marcial – episódio ocorrido no dia 3 de dezembro.
Segundo a agência de notícias norte-coreana KCNA, a medida decretada por Yoon foi “chocante” e “surpreendente”.
O que teria reforçado a imagem do país vizinho como uma “ditadura fascista contra o povo”.
“O incidente chocante do regime do presidente fantoche Yoon Suk Yeol, que decretou, de forma surpreendente, uma lei marcial para empunhar sem hesitação as armas de sua ditadura fascista, causando o caos em toda a Coreia do Sul”, afirmou o texto.
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O artigo também foi publicado pelo jornal Rodong Sinmun, com detalhes sobre a tentativa de autogolpe, a revogação anunciada horas depois, as manifestações em Seul e a tramitação de uma moção de impeachment contra Yoon, votada e rejeitada no último sábado (07/12) pela Assembleia Nacional sul-coreana.
“Vários helicópteros e forças militares totalmente armadas, incluindo a organização de criminosos, o Comando Especial de Guerra do Exército, foram mobilizados para isolar a Assembleia Nacional”, relata o artigo da KCNA.
A publicação descreveu ainda a manifestação cívica em grande escala que ocorreu após a rejeição da moção de impeachment, citando participantes que chamaram Yoon de “desastre” e pediram seu “impeachment imediato” e “punição”.
“A comunidade internacional está observando atentamente, avaliando que o incidente da lei marcial expôs as vulnerabilidades da sociedade sul-coreana e que a vida política de Yoon Suk Yeol pode terminar em breve”, acrescentou a agência norte-coreana.