Quarta-feira, 26 de março de 2025
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A Coreia do Norte emitiu uma “forte advertência” nesta terça-feira (18/02) revelando que pretende reforçar seu arsenal nuclear após os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão ameaçarem trabalhar juntos pela “completa desnuclearização” de Pyongyang. O governo de Kim Jong Un, que qualificou o plano idealizado por Washington como “o cúmulo da estupidez”, destacou que, pelo contrário, a ideia de desnuclearizar a nação se torna “cada vez mais impossível”.

De acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte, divulgado pela agência de notícias estatal KCNA, a aliança inimiga incita um “confronto coletivo” na região e, portanto, precisa insistir no “fortalecimento nuclear” para “dissuadir completamente os EUA e suas forças vassalas de ameaças e chantagens”.

“Qualquer ameaça de países hostis será recebida com contra-ataques esmagadores e decisivos”, alertou a chancelaria norte-coreana, destacando que as armas nucleares do país serão alternativas para proteger a paz e a soberania nacional, no âmbito da legítima defesa.

Reprodução/KCNA
A Coreia do Norte emitiu uma “forte advertência” revelando que pretende reforçar seu arsenal nuclear após os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão ameaçarem trabalhar juntos pela “completa desnuclearização” de Pyongyang

O posicionamento da Coreia do Norte é referente a uma reunião que ocorreu no sábado (15/02) à margem da Conferência de Segurança de Munique. O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e os chanceleres da Coreia do Sul, Cho Tae Yul, e do Japão, Iwaya Takeshi, afirmaram, por meio de uma nota conjunta, que têm como objetivo desnuclearizar Pyongyang. 

A tríade também expressou “sua profunda preocupação com os programas nuclear e balístico da Coreia do Norte, as suas atividades maliciosas, incluindo o roubo de criptomoedas, e a sua crescente cooperação militar com a Rússia,”.

De acordo com o comunicado do governo de Kim, a parceria trilateral entre Washington, Seul e Tóquio configura uma retórica provocativa contra Pyongyang.

“Quanto mais desesperadamente os EUA recorrerem a meios ineficazes de pressão contra a Coreia do Norte, falhando em encarar a realidade, mais a nossa nação continuará a aproveitar novas oportunidades para reforçar um poder estratégico”, disse.