A Coreia do Norte lançou hoje (2) quatro mísseis aparentemente de curto alcance da costa oriental do país em direção ao Mar do Leste (Mar do Japão), informou o Ministério da Defesa sul-coreano, citado pela agência Yonhap. São os primeiros testes desde a aprovação das sanções adicionais do Conselho de Segurança das Nações Unidas contra o país comunista, que proíbem o comércio de armas e permitem a revista de navios norte-coreanos considerados suspeitos – o que fez Pyongyang aumentar suas ameaças de confronto.
A Coreia do Norte avisou no dia 23 de junho ao Japão que proibiria a navegação no Mar do Leste até 10 de julho para realizar exercícios militares. O regime do norte estaria se preparando para o teste de vários mísseis, inclusive de longo alcance.
Os mísseis percorreram uma distância de quase 100 quilômetros, podendo ser uma versão melhorada do modelo Silkworm ou KN-01, usado como míssil terra-mar contra navios, segundo informação do governo sul-coreano. Seul disse que estes dois projéteis têm um alcance máximo de entre 120 e 160 quilômetros.
Os disparos ocorreram poucas horas depois de Coreia do Norte e Coreia do Sul se sentarem para falar sobre o futuro do complexo industrial do qual ambos participam na cidade norte-coreana de Kaesong. As conversas, que duraram pouco mais de uma hora, terminaram pela quarta vez sem acordo, em meio a acusações e tensões entre os governos.
Tensões
A Coreia do Norte foi especialmente crítica diante da possibilidade de que seus navios possam ser interceptados e revistados em alto-mar, em cumprimento à resolução 1.874 da ONU (Organização das Nações Unidas), e afirmou que considerará estas ações como “atos de guerra”.
Um cargueiro norte-coreano chegou a ser seguido pela Marinha americana em águas do Oceano Índico, diante da possibilidade de que estivesse transportando material para a construção de armamento pesado ou armas nucleares.
Pyongyang advertiu que as “nuvens negras da guerra nuclear” estavam sobre a península coreana depois que o Conselho de Segurança da ONU endureceu o embargo às armas e as sanções financeiras contra a Coreia do Norte em resposta ao teste nuclear de 25 de maio.
O ministro e porta-voz do Governo japonês, Takeo Kawamura, disse hoje em entrevista coletiva que o Japão não descartava a possibilidade de a Coreia do Norte lançar vários mísseis de curto e médio alcance perto do dia 4 de julho, devido às comemorações da independência dos Estados Unidos.
O primeiro-ministro japonês,Taro Aso, afirmou ontem (1) que Tóquio nunca permitirá que a Coreia do Norte tenha armas nucleares. “Os disparos de mísseis balísticos e os testes nucleares da Coreia do Norte são ameaças sérias à comunidade internacional”, disse ele durante entrevista coletiva.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em visita ao Japão, afirmou que não pouparia esforços para fazer com que a Coreia do Norte esteja livre de armas nucleares.
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