Coreia do Sul acusa Norte de lançar ataque na fronteira
Coreia do Sul acusa Norte de lançar ataque na fronteira
A Coreia do Norte realizou nesta terça-feira (23/11) disparos de artilharia contra a ilha sul-coreana de Yeonpyeong, perto da fronteira dos dois países, atingindo casas e deixando ao menos três soldados e dois civis feridos, disseram autoridades da Coreia do Sul. Um militar sul-coreano teria sido morto no ataque. Os disparos norte-coreanos iniciaram por surpresa às 14h34 local (3h34 de Brasília).
Efe
Colunas de fumaça na ilha sul-coreana de Yeonpyeong, localizada na fronteira com a Coreia do Norte
O Exército sul-coreano respondeu com outra rodada de disparos e com o desdobramento de caças de combate, além de ter elevado o alerta na zona do ataque, indicou o porta-voz do Estado-Maior da instituição.
Agora Seul se encontra em estado de alerta máximo e já mobilizou caças de combate F-15 e F-16 na região. O presidente, Lee Myung-bak, pediu contenção para evitar uma escalada da violência. “Devemos conduzir com cuidado a situação para evitar a escalada de um choque”, indicou Lee, citado por um porta-voz do Escritório Presidencial sul-coreano.
“Pedimos à Coreia do Norte para que interrompa a provocação imediatamente, caso contrários lidaremos de forma enérgica contra essa agressão”, afirmou o ministro da Defesa sul-coreano, Kim Tae-young, de acordo com a agência local Yonhap, citada pela agência chinesa Xinhua.
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Um habitante da ilha atacada, citado pela mesma cadeia de televisão,
disse que cerca de 50 foguetes atingiram a ilha provocando estragos em
habitações.
“Pelo menos 10 casas ficaram em chamas. Deram-nos ordem por altofalante
para abandonarmos as casas”, disse outro habitante da ilha, localizada
em uma zona disputada pelas duas Coreias onde se verificaram outros
incidentes no passado.
Tensão
Os disparos norte-coreanos coincidem com manobras rotineiras das forças armadas sul-coreanas em águas próximas à ilha e com o aumento das críticas a Pyongyang pela suspeita de ter ampliado seu programa nuclear com o enriquecimento de urânio.
O aumento da tensão com o incidente levou o governo de Seul a considerar a evacuação dos sul-coreanos da zona industrial conjunta de Kaesong (Coreia do Norte), no que parece ser um dos ataques mais graves desde o afundamento, em março, da corveta sul-coreana Cheonan, no qual morreram 46 tripulantes.
Reações
Após o incidente, o representante dos Estados Unidos para a Coreia do Norte, Stephen Bosworth, anunciou que não vai retomar as negociações do chamado Grupo dos Seis (Estados Unidos, Japão, China, Rússia e as duas Coreias) sobre o programa nuclear de Pyongyang.
A Casa Branca emitiu comunicado em que afirma que “os EUA condenam fortemente este ataque e pede à Coreia do Norte que cesse sua ação beligerante e se compromete aos termos do Tratado do Armistício”. O texto ainda diz que os EUA estão “comprometidos em defender seu aliado, a Coreia do Sul, e a manutenção da estabilidade e paz regional”.
Próxima à Coreia do Norte, a China, expressou preocupação com o recente ataque. “Estamos preocupados com a questão. A situação real precisa ser confirmada”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei. “Esperamos que as partes trabalhem para a paz e estabilidade na Península Coreana”.
*Com agências
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