O presidente do Equador, Rafael Correa, denunciou um suposto boicote, por parte de um grupo que entrou nas instalações da companhia estatal petrolífera venezuelana PDVSA, para impedir uma videoconferência a respeito do início das operações de prospecção de gás natural na Ilha Puná (sudoeste do país). 

Os presidentes Evo Morales (Bolívia), Hugo Chávez (Venezuela) e Rafael Correa (Equador) se reuniram em Quito para celebrar o 187º aniversário de independência do país – José Jácome/EFE

“Parece ser um boicote por parte de gente aliada a grupos de oposição”, declarou Correa, no início da 5ª reunião bilateral com seu colega venezuelano, Hugo Chávez. 

Leia também:

Venezuela nacionaliza 60 empresas do setor petrolífero

Governo intervém no maior banco da Venezuela

O presidente de Venezuela, Hugo Chávez, chegou ontem (23) ao Equador para discutir planos bilaterais de energia entre os dois países – que pretendem desenvolver um grande projeto de gás no golfo de Guayaquil.

Chavez e Correa , iriam assistir o começo das operações no local neste sábado através de uma vídeo conferência, que não foi possível, pois segundo Correa entre 25 e 30 pessoas invadiram as instalações da PDVSA na Ilha Puná, pouco antes da videoconferência com Quito. “Tem gente que quer fracassar o futuro do país”, declarou Correa sobre o ocorrido.

Segundo o presidente equatoriano, esse suposto boicote teve sua origem em informações falsas divulgadas, que advertiam da suposta suspensão da pesca na região durante seis meses, pela entrada em funcionamento de uma torre de perfuração, que explorará a existência de gás natural.

“Já basta, isto ultrapassa a paciência”, acrescentou Correa, criticando a atitude de alguns meios de comunicação, identificados com a oposição que, segundo ele, se amparam na liberdade de expressão para “regar e propagar falsos rumores”.

Por sua parte, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, embora tenha dito que não queria se envolver nos problemas internos do Equador, comentou o incidente e disse que em seu país também aconteceu este tipo de sabotagem.

“Grandes interesses imperialistas não querem que isto funcione, querem que fracassemos e vão fazer todo o possível para que fracassem nossos esforços”, disse Chávez.

A parceria estabelecida é importante tanto para o Equador, quanto para a Venezuela. Os países mantêm uma série de projetos bilaterais em andamento, como o de construção de uma refinaria na costa equatoriana.

Comemorações

Além de Chávez, o presidente boliviano Evo Morales também visita hoje a capital do Equador, Quito. O encontro se dá em ocasião do aniversário de independência do país, que completa 187 anos.

NULL