A agência das Nações Unidas para os refugiados palestinos (UNRWA) revelou hoje (2) que passa por uma grave crise econômica que poderia obrigá-la a reduzir seus serviços, que chegam a 4,7 milhões de palestinos no mundo árabe.
“A crise financeira mundial e a impossibilidade de alguns doadores de aumentar seus recursos à UNRWA, junto com o crescente número de refugiados contribuiu para piorar a situação e reduziu o orçamento”, disse Abu Hasna, um dos porta-vozes da agência, em comunicado.
Ali Ali/EFE
Acampamento no bairro de Al Salam, na Faixa de Gaza. Palestinos vítimas dos ataques israelenses em
dezembro de 2008 ainda vivem em barracas
O porta-voz disse que o orçamento da UNRWA chegou “a zero” em seus cinco principais lugares de atuação: Jordânia, Síria, Líbano, Gaza e Cisjordânia.
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Se esta situação continuar, advertiu, a agência humanitária terá que reduzir sua ajuda, destinada aos palestinos que foram expulsos ou fugiram de casa durante a primeira guerra árabe-israelense, concluída em 1949, e seus descendentes.
Abu Hasna pediu aos países árabes que cumpram seu compromisso de pagar 8% do orçamento, sustentado, principalmente, por contribuições dos Estados Unidos e da União Europeia.
Após o anúncio, a OLP (Organização para a Libertação da Palestina) advertiu sobre a deterioração sem precedentes nos campos de refugiados se a UNRWA reduzir seus serviços. Essa redução “causaria uma catástrofe humanitária nos campos de refugiados palestinos”, disse Zakaria al-Agha, responsável da OLP nesse âmbito.
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