A comemoração oficial dos 199 anos da Revolução de Maio – que marca a independência do país da Espanha – foi marcada por um balanço pessoal da gestão da presidente, Cristina Kirchner, que exaltou no evento, realizado na província de Misiones, a continuidade do projeto que tem para o país. “É o modelo que os argentinos encontraram para poder realizar os sonhos e nestes seis anos nós conseguimos conquistar coisas que, se tivessem nos contado antes das eleições, ninguém acreditaria”.

“Estamos aqui fazendo frente ao vendaval, com dificuldades, mas inteiros”, destacou. “Nos haviam convencido de que era impossível construir um modelo de país com políticas próprias. Nos diziam que era impossível exigir novas alternativas ao endividamento permanente. Nos diziam que era melhor ser um país de serviços, nos segmentando no mundo, como também o fizeram há 100 anos”.

Cristina lembrou as próximas eleições legislativas do dia 28 de junho. “Convoco todos os argentinos e argentinas a uma nova gestão, a mesma que vocês sonharam. Encontramos o caminho. Devemos seguir e aprofundá-lo com ideias, com e com um profundo patriotismo. Feliz dia da Pátria a todos os argentinos”, disse Cristina no final do discurso.

Cristina também fez menção às mães e avós da Plaza de Mayo: “Este bicentenário também nos leva a outro aspecto fundamental da política, quando uma sociedade democrática tem um patrimônio cultural como é a memória, a verdade e a justiça”.

Obama

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enviou um carta a Cristina, expressando o seu desejo de trabalhar conjuntamente com a Argentina. A mensagem foi recebida ontem pelo governo argentino e foi enviada em ocasião da celebração do dia 25 de maio.

Obama ressaltou “os esforços da Argentina para trabalhar como uma força construtiva na região e além dela” e que, “como democracias dedicadas à defesa dos direitos humanos e as liberdades fundamentais, temos a responsabilidade compartilhada de promover estes valores através do hemisfério e do mundo”.

Cristina agradeceu pelo gesto e disse compartilhar com a ideologia da nova administração norte-americana. Ela enfatizou que “há uma identificação com o que temos planejado e com o que ele mesmo propôs durante sua campanha, sobre direitos humanos, inclusão social, justiça e trabalho conjunto da região”.

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