Segunda-feira, 9 de junho de 2025
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O Ministério das Relações Exteriores de Cuba (Minrex) declarou nesta quarta-feira (14/05) que o governo dos Estados Unidos perdeu novamente a credibilidade ao incluir injustamente a ilha caribenha na lista de países que “não cooperam plenamente com seus esforços antiterrorismo”.

Em comunicado, o Minrex denuncia que o Departamento de Estado norte-americano está, mais uma vez, transformando a luta contra o terrorismo internacional em um exercício político unilateral contra países que não se curvam aos seus interesses hegemônicos.

O documento lembra que, em 2024, o governo Biden retirou o país caribenho desta mesma lista, reconhecendo o valor da cooperação bilateral na aplicação da lei, o que inclui o combate conjunto ao terrorismo.

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“Nada mudou desde então no desempenho exemplar de Cuba nesta área”, aponta o comunicado do Minrex, ao observar que a nova designação busca impor a narrativa de que o país caribenho representa uma ameaça a Washington.

O comunicado afirma que a inclusão do país caribenho na lista responde às intenções de Donald Trump e seu Secretário de Estado, Marco Rubio, de prejudicar as relações bilaterais e levar os dois países a situações de confronto.

Bruno Rodriguez Parrilla, ministro das Relações Exteriores de Cuba
Minrex / Governo de Cuba

Nenhuma evidência

O Minrex frisa que os EUA não apresentaram nenhuma evidência para apoiar o conteúdo da lista e não tiveram escrúpulos em reverter “apenas algumas horas após assumir o cargo, o processo de consulta entre agências especializadas que levou à exclusão de Cuba da lista de países que supostamente patrocinam o terrorismo”.

Na avaliação do governo cubano, as listas são instrumentos que respondem ao desenho da política de “pressão máxima” e da guerra econômica promovida pelos governos dos EUA.

O comunicado reafirma que o compromisso de Cuba com “ações fortes e condenação do terrorismo é absoluto e inabalável”, enquanto aponta que o governo dos EUA tolera ou é cúmplice desse ato criminoso.

Como exemplo, o Minrex menciona que terroristas confessos como Luis Posada Carriles e Orlando Bosch Ávila viviam na cidade norte-americana de Miami, protegidos pelos Estados Unidos.

O texto enfatiza que Havana ainda aguarda respostas ao seu pedido de informações sobre a identidade do autor do ataque terrorista contra a Embaixada de Cuba em setembro de 2023.

“Nosso país nunca participou da organização, financiamento ou execução de atos terroristas contra nenhum país, nem seu território foi utilizado nem será utilizado para tais fins”, aponta o Minrex.