Cuba rechaçou, nesta sexta-feira (14/06), a presença de um submarino nuclear dos Estados Unidos no território ilegalmente ocupado da Base Naval de Guantánamo, localizada no extremo leste do país, a cerca de 800 quilômetros de Havana. A chegada acontece após um grupo de navios de guerra russos chegar ao Porto de Havana, em Cuba, na última quarta-feira (12/06).
O vice-ministro das Relações Exteriores de Cuba, Carlos Domínguez, declarou que apesar de ter sido informado sobre a presença do navio-norte americano conforme os procedimentos estabelecidos entre Havana e Washington, Cuba não autoriza a presença do navio em seu território sem convite prévio.
“A presença do submarino dos EUA transitando pelas nossas águas não nos agrada. O navio é pertencente a uma potência que mantém uma política oficial de prática hostil contra Cuba”, declarou o representante.
O vice-chanceler ainda considerou que a ocupação de uma parte do território cubano na província oriental de Guantánamo pelos Estados Unidos é “ilegal, inaceitável e ilegítima”, além de “ir contra a vontade do povo cubano”.
Navios do Canadá
Poucas horas após os Estados Unidos anunciarem que seu submarino de ataque rápido havia atracado na base naval de Guantánamo, em Cuba, um navio de patrulha da Marinha do Canadá chegou a Havana na madrugada da última sexta-feira (14/06).
Segundo a agência britânica Reuters, o navio-patrulha canadense Margaret Brooke iniciou manobras como parte do que o Comando Canadense de Operações Conjuntas chamou de “uma visita ao porto de Guantánamo em reconhecimento ao relacionamento bilateral de longa data entre o Canadá e Cuba”.
Um diplomata canadense caracterizou a chegada do Margaret Brooke como “rotineira e parte de uma cooperação de longa data entre nossos dois países”, garantindo que “não tem relação com a presença dos navios russos”.
As embarcações dos EUA e do Canadá chegaram após a vinda da fragata Admiral Gorshkov e do submarino de propulsão nuclear Kazan da Rússia na quarta-feira (12/06), que completaram treinamento com “armas de mísseis de alta precisão” no oceano Atlântico.
No entanto, tanto os EUA quanto Cuba disseram que os navios de guerra russos não representam uma ameaça para a região. A Rússia também caracterizou a chegada de seus navios de guerra à aliada Cuba como rotineira.
Segundo a chancelaria da ilha caribenha, a visita “corresponde às históricas relações de amizade entre Cuba e a Rússia”, além de cumprir “as normas internacionais das quais Cuba faz parte”.
O Governo de Cuba afirmou que estas visitas oficiais são um costume histórico da nação com a qual mantém relações de amizade e cooperação.
(*) Com Sputnik e TeleSUR