O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, informou que visitará o Brasil no próximo ano. Em discurso ontem (15/11) na prefeitura do Distrito Financeiro de Londres, Cameron avisou que visitará o Brasil e a Rússia em 2011, pois quer ampliar as relações econômicas e comerciais do governo inglês. Cameron lembrou que apenas este ano visitou a China, a Turquia e a Índia.
Na última sexta-feira (12/11), Cameron e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversaram durante o intervalo da Cúpula do G20 (que engloba as maiores economias mundiais), em Seul, na Coreia do Sul.
“No próximo ano, pretendo visitar o Brasil e a Rússia”, afirmou Cameron. “Não é apenas fazer do Reino Unido um lugar atraente para investir. É vender o Reino Unido para o mundo também”, disse. “O objetivo é ampliar o comércio de forma combinada com a Holanda, o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a Turquia”, acrescentou.
A Embaixada do Reino Unido em Brasília não forneceu detalhes sobre a visita de Cameron em 2011. De acordo com a assessoria, a agenda do primeiro-ministro é mantida sob sigilo por questão de segurança.
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Oportunidades na América Latina
No começo deste mês, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, disse que acabou o período de “negligência diplomática” em relação à América Latina. Segundo ele, o governo de coalizão buscará novas oportunidades comerciais e de cooperação política. As exportações do Reino Unido para a América Latina atingem apenas 1% de todas as exportações internacionais para a região.
Hague afirmou que o Reino Unido buscará novas oportunidades econômicas, trabalhando para promover a América Latina entre os empresários britânicos, ajudando os mercados britânicos a entrar na região e encorajando o investimento no Reino Unido.
Reunião do G20
No discurso de ontem, Cameron fez um balanço positivo sobre as reuniões do G20, em Seul, e mencionou as metas da política externa inglesa. Segundo ele, a globalização faz com que todos os países estejam interligados e dependentes.
“Os interesses do Reino Unido dependem do interesse dos outros e, por isso, precisamos manter uma política externa global porque os nossos interesses nacionais são afetados”, disse Cameron. “[Sabemos] que o Reino Unido é uma grande força de negociação do mundo”.
Ele lembrou ainda que o objetivo da política econômica interna é cortar impostos, estimulando a competitividade. Porém, será mantido o orçamento destinado à área de defesa nacional – forças armadas. Segundo Cameron, é fundamental resolver a questão interna para ampliar os horizontes na política externa.
“Precisamos resolver a economia se quisermos ter o peso do mundo. Uma economia vulnerável em casa é traduzida em uma fragilidade política exterior. A pujança econômica irá restaurar o nosso respeito no mundo e nossa confiança nacional”, afirmou o primeiro-ministro. “Queremos uma política externa ativa e firme em seu apoio à democracia e aos direitos humanos.”
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