A RDC (República Democrática do Congo) anunciou neste sábado (15/11) o fim da epidemia do ebola em território nacional, 42 dias após ter sido registrado o último caso do vírus. A declaração vem semanas após a OMS (Organização Mundial da Saúde) ter confirmado que a Nigéria estava livre da epidemia.
Efe
Funcionários de saúde alertam ebola para líderes mundiais que se encontram neste fim de semana na Cúpula do G20
No dia 24 de agosto deste ano, o surto foi decretado na RDC e resultou na morte de pelo menos 49 pessoas. O ministro da Saúde congolês, Félix Kabange Numbi, afirmou que o país organizou um grupo de 180 especialistas para colaborar em Guiné, Serra Leoa e Libéria, onde a doença chega a níveis alarmantes.
“O final da epidemia não significa que o perigo esteja completamente descartado. A RDC continua, como todos os países do mundo, sob ameaça de casos de 'importação' da doença”, declarou o ministro à AFP.
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O surto na RDC foi de uma categoria distinta da que atinge atualmente a África Ocidental, já que o vírus tem pelo menos cinco subgrupos da família dos Filoviridae (filovírus) que causam o ebola.
Embora RDC e Nigéria apresentem cenário positivo, o Mali tem sido o mais recente foco de expansão da doença no continente. Nesta semana, mais de 90 pessoas, incluindo soldados das forças de paz da ONU (Organização das Nações Unidas), foram colocadas em quarentena na capital, Bamako, após o governo confirmar a terceira morte de ebola no território.
O Mali é o sexto país da África Ocidental a registrar casos do surto, que já chegou a mais de 14 mil casos confirmados na região. Segundo o último relatório da OMS, o ebola já fez ao menos 5.177 vitimas fatais.
Mariane Roccelo/ Opera Mundi
Apesar de pequena, Guiné teve grave epidemia, pois vírus se espalhou para a região da fronteira com Serra Leoa e Libéria