As autoridades de Nova York confirmaram nesta sexta-feira (24/10) o primeiro caso de ebola na cidade: Craig Spencer, 33, um profissional de saúde, que esteve na Guiné trabalhando para a ONG Médicos Sem Fronteiras.
Também hoje, em meio ao registro do primeiro paciente infectado no Mali, a UE (União Europeia) anunciou que aumentará para € 1 bilhão suas contribuições no combate do ebola nos países mais afetados da África Ocidental.
Agência Efe
O prefeito de NY, Bill de Blasio (esq.), o governador do estado, Andrew Cuomo (dir.) chegam à entrevista coletiva para falar sobre o caso
Autoridades norte-americanas asseguraram que “não há motivo de alarme”, já que Nova York vem se preparando há meses para lidar com a situação. “As possibilidades de o nova-iorquino médio contrair ebola continuam sendo muito, muito pequenas”, afirmou o prefeito Bill de Blasio, falando sobre o quarto caso de ebola registrado nos Estados Unidos.
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O médico norte-americano a serviço da organização humanitária deixou a Guiné no último dia 14 e chegou aos EUA após fazer uma escala na Europa. Spencer chegou em Nova York em 17 de outubro pelo aeroporto JFK, e teve uma vida normal até começar a sentir febre e outros sintomas próprios do ebola. Segundo as autoridades, o médico estava ciente de todos os protocolos de segurança.
A encarregada de saúde da cidade, Mary Travis Bassett, disse que o teste que comprovou que Spencer está infectado pelo vírus ebola foi feito no hospital em que está internado, no Bellevue. Ela assinalou ainda que outra análise será feita nos laboratórios do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA), com sede em Atlanta, e os resultados sairão nas próximas 24 horas.
Agência Efe
Fotografia cedida pela Força Aérea dos EUA mostra grupo de “resposta rápida” antiebola em treinamento pelo Departamento de Defesa
As autoridades colocaram três amigos e a namorada do médico em quarentena, as pessoas que estiveram mais perto dele desde que retornou a Nova York. Como não têm sintomas não foi feito teste para saber se foram contaminados.
Embora ele tenha usado o metrô desde que voltou à cidade, as autoridades afirmaram que não há razão para cogitar que possa ter infectado algum passageiro porque o ebola se é transmissível por fluidos e quando há sintomas da doença.
União Europeia
Os chefes de Estado europeus optaram por respaldar a proposta do primeiro-ministro britânico, David Cameron, e aumentar o montante da assistência financeira enviada para combater o vírus.
Com a decisão, a UE dobrará seus esforços, mas não foi informado como os países dividirão o envio das contribuições.
O objetivo é alcançar uma resposta “sustentada, coordenada e aumentada” para conter o vírus. Foi ressaltado que é necessária “assistência adicional” para reforçar o combate ao ebola nos países africanos mais afetados, principalmente no que se refere ao atendimento, às equipes médicas e aos controles de saída “reforçados”.
(*) Com informações da Agência Efe